Depois de “Seiva” e “Relampejo”, a cantora, compositora e artista visual Natália Xavier apresenta o novo single “Merthiolate não arde”. A faixa marca a continuidade da pesquisa estética da artista, expandindo as camadas rítmicas em direção ao coco de embolada, ao forró e às pulsações que atravessam o corpo antes de se tornarem palavra.
“Merthiolate não arde” nasce do encontro entre a dor e o riso, entre o tropeço e o passo de dança. Inspirada nos cocos de embolada e no forró de Jackson do Pandeiro, a canção mistura a pulsação nordestina com uma linguagem contemporânea e poética. O humor aparece como gesto de resistência e a composição encontra graça no que arde, mas passa.
A capa é uma pintura da própria artista, reafirmando a intersecção entre suas linguagens visuais e sonoras, enquanto o visualizer acompanha essa gestualidade sensível, quase táctil, de uma música que nasce do corpo e volta ao corpo.
Artista múltipla, Natália Xavier transita entre música, poesia e artes visuais, criando obras que costuram palavra, som e imagem. Com mestrado em Poéticas Visuais pela Unicamp e formação em música pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, sua trajetória é marcada por experimentações sensíveis que aproximam a ancestralidade e contemporaneidade.
Seu trabalho é profundamente enraizado na palavra e no ritmo. Filha de mãe pernambucana e pai baiano, a artista evoca no corpo da canção tradições do Norte e Nordeste brasileiro, como maracatu, coco e ijexá. Em 2022, lançou o álbum “Eu também sou teus rios” e também publicou o livro de poemas “Eu pedi pelos tigres”, lançado na FLIP.
Nos últimos anos, Natália também se consolidou nas artes visuais, participando de mostras importantes como o 20º Salão de Ubatuba e a coletiva Desdobra #2, em São Paulo. Agora, com apoio da Lei Aldir Blanc, inicia uma nova fase artística com quatro singles inéditos que serão apresentados ao longo do segundo semestre de 2025, acompanhados por oficinas e ações culturais.
O single chega às plataformas digitais com apoio da Prefeitura de São Caetano do Sul, Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio da Lei Aldir Blanc, integrando uma série de quatro lançamentos inéditos previstos para o segundo semestre de 2025.

