Terra Água Vermelha
Pedro Lopes e Dimas Pires
Curadoria: Allan Yzumizawa
Abertura, 11 de outubro de 2025, sábado, às 10h30

Dimas Pires_Caos induzido, 2025, carvalho e livros_José Neto
A exposição Terra Água Vermelha reúne dois artistas sorocabanos — Pedro Lopes e Dimas Pires — em torno de um mesmo campo de investigação: a paisagem. Não aquela paisagem pitoresca ou distante, mas o território vivido, reconhecido nas suas camadas de memória, matéria e tempo.
O projeto nasce do encontro entre pintura e escultura, arte e design, entre o gesto de decompor a paisagem em cor e o de recompor a natureza em forma. Pedro Lopes apresenta 18 pinturas em grande formato que partem da observação da região da Água Vermelha para construir uma síntese cromática e abstrata do ambiente sorocabano. Já Dimas Pires traz nove esculturas monumentais em madeira reaproveitada — troncos e raízes recolhidos de árvores caídas —, transformando resíduos naturais em novas presenças.
A mostra propõe um diálogo entre bidimensionalidade e tridimensionalidade, entre o campo pictórico e o escultórico, operando uma espécie de tradução entre matéria e atmosfera.Ambos os artistas trabalham a partir de uma mesma matriz de pensamento: o reconhecimento do entorno como fonte de forma. Nas pinturas de Lopes, a cor é geologia e campo vibrátil, em Dimas, a madeira é corpo vivo, carrega no veio o tempo da árvore e sua subjetividade.
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Pedro Lopes
Formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Seu trabalho artístico percorreu diferentes fases: passou pelo abstracionismo lírico, realismo fantástico e pop dos anos 1970 e desde os anos 1980 até hoje se dedica ao neoexpressionismo e geometria sensível decorrente de paisagem figurativa.
O artista participou de diversas exposições coletivas e individuais. Entre as coletivas estão Salões Paulistas de Arte Contemporânea e Salões Nacionais de Arte Contemporânea dos anos 80, diversos Salões de Arte Contemporânea, entre eles os de Campinas, Piracicaba, São Caetano, Jundiaí, Ribeirão Preto e Curitiba. Participou também da Bienal de Santos, da Bienal Internacional de São Paulo de 1989, de exposições no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba e do Salão de Arte Contemporânea da Fundação Mokiti Okada, com exposições em São Paulo, Rio de Janeiro, Tóquio e Osaka.
Dimas Pires
Dimas Pires é marceneiro e escultor autodidata nascido em Sorocaba (SP). Sua produção tem como base a reutilização de madeiras coletadas em demolições ou provenientes da queda natural de árvores, transformadas em peças que equilibram técnica artesanal e sensibilidade formal. Ao longo de mais de três décadas de ofício, Pires desenvolveu uma linguagem própria, marcada pelo respeito à matéria e pela valorização dos veios, imperfeições e histórias da madeira. Seu trabalho reflete uma relação direta entre natureza, memória e gesto, situando-se entre a escultura e a carpintaria como prática poética e sustentável.
Educativo
A exposição inclui vídeos produzidos sob acompanhamento do curador Allan Yzumizawa, que ampliam o acesso do conteúdo para professores e estudantes. Um catálogo de 44 páginas — distribuído gratuitamente a escolas e bibliotecas públicas — reforça o caráter formativo e coletivo da mostra.
Serviço:
Terra Água Vermelha – Pedro Lopes e Dimas Pires
Curadoria: Allan Yzumizawa
Abertura: 11 de outubro de 2025, sábado, às 10h30
Período expositivo: 11/10/2025 a 11/01/2026
Local: Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba – Avenida Dr. Afonso Vergueiro, 280 – Alameda Cambará, centro.
Visitação: Terça a sexta, das 10h às 17h | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 15h
Acessibilidade | Gratuito
Contato: WhatsApp (15) 99157-4522 | www.macs.org.br | @macsmuseu
Realização: MACS – Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba
Apoio: Secretaria de Cultura de Sorocaba
Exposição executada por meio de repasses públicos da Prefeitura de Sorocaba – Secretaria da Cultura
Verba de emenda do vereador Ítalo Moreira
Patrocínio: Atom / Dinastia

Dimas Pires e Pedro Lopes_Foto_José Neto

Autoria:
Agência Catu
