Nascido no ano de 1957 em São Paulo, Carlos Roberto Escarante não poderia imaginar que, sua paixão pelo sagrado o levaria a uma longa jornada de fé pelo Brasil (Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia), até aportar no Ipiranga, São Paulo como pai de santo, consagrando-se desde então como: Pai Carlos de Oxóssi. O pai da caridade. O pai do amor. O pai de todos nós!

Onde tudo começou? Aos três anos de idade apenas, iniciou sua doutrina kardecista. Carlos Roberto aos 18 anos de idade já sentava na mesa kardecista e, aos 21 anos de idade, foi para a umbanda trabalhar, depois de receber o chamado espiritual. Mesmo sem conhecimento, Carlos Roberto viajou para alguns estados brasileiros em busca de conhecimentos para o seu desenvolvimento espiritual —, teve como sua mantenedora e orientadora espiritual, a quem ele estima imensa gratidão, a dirigente Maria Julieta Pena. Com poucos meses desde sua iniciação, Carlos Roberto recebeu o louvável cargo de diretor do Grupo Espírita Sagrada Família. Engariando-se dia após dia, Carlos Roberto foi aprendendo o sagrado e, sobretudo, firmou laços de amizade que nem o tempo foram capazes de desfazer.
O jovem kardecista, que veio ao mundo para ajudar as pessoas evoluírem e pregar aquilo que muitas vezes a religião oculta, recebeu um chamado espiritual na sua juventude e, seu encantamento tomou corpo quando dia após dia, foi buscando o seu desenvolvimento, com a ajuda de Pai Beto Sudan, do candomblé, além da dirigente espiritual, Maria Julieta.
Carlos Roberto foi crescendo, foi se desenvolvendo e, unificando sua batuta, escreveu livros espirituais afim de ajudar os médiuns iniciantes. Muito mais que isso, timbro essa matéria mencionando a grandiosidade que é o pai Carlos de Oxossi, da sua lucidez, da sua generosidade, da sua beleza interna sem começo e nem fim.
Em seu currículo sagrado e pregresso, pai Carlos fez inúmeras obrigações espirituais a pedidos de entidades e/ou dirigentes espirituais, conquistando o honroso respeito e admiração. Comandou ainda na juventude inúmeras casas de axé, além de ajudar nas praticas inovadoras e suas obrigações. Dotado de uma fé extraordinária, fundou a ASSOCIAÇÃO ANFESP, sua própria casa de axé. Sua casa é voltada ao Kardecismo, trabalha com a cura e o desenvolvimento espiritual, ajuda os médiuns nos seus desenvolvimentos e obrigações espirituais. Realiza passes magnéticos, curas e benzimentos.
Aos 60 anos, tornou-se presidente do FOUESP (Federação Ordem de Umbanda do Estado de São Paulo).
O menino que veio ao mundo cumprir sua missão poderia imaginar quantas histórias escreveria ao longo dessa sua vida? Já dizia a sabia Ivete Sangalo: “lumina o mirin orumilá. Na estrada que vem a cota…”. E entre os encantos da caridade e missão do pai Carlos de Oxossi, está o seu sagrado, a sua história de vida e os seus feitos tecidos de esperança, caridade e fé!
Sua benção, pai Carlos!
Por Lucas Dolher – Jornalista do Tribuna, Revista Statto. Editor, redator e colunista