A sensação de areia nos olhos, ardência, coceira e vermelhidão persistente já é rotina para milhões de brasileiros. Trata-se da síndrome do olho seco, uma condição que afeta de 10% a 20% da população mundial, segundo a American Academy of Ophthalmology. No Brasil, estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas convivam com o problema, que tende a aumentar devido ao envelhecimento populacional, uso intenso de telas e exposição à poluição.

Até pouco tempo atrás, as opções de tratamento se restringiam a colírios lubrificantes artificiais, que oferecem alívio imediato, mas não atuam na causa do problema. Agora, uma inovação desenvolvida no país abre novas perspectivas: o Sorotears, um colírio biológico produzido a partir do soro do próprio paciente.

Como funciona o Sorotears

O produto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e utiliza proteínas, vitaminas, anticorpos e fatores de crescimento naturalmente presentes no sangue humano. Essas substâncias têm potencial para regenerar e restaurar a superfície ocular — algo que os colírios artificiais não conseguem fazer.

Cada frasco é preparado sob medida a partir do sangue do próprio paciente, o que reduz o risco de rejeição ou reações adversas. Mais do que lubrificação, o Sorotears estimula processos de cicatrização e melhora da função ocular.

Indicações e resultados

O tratamento tem mostrado resultados expressivos em casos graves, como:

• Síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que compromete a produção de lágrimas;
• Pacientes pós-transplante de córnea, que sofrem com inflamação crônica;
• Quadros refratários de olho seco severo, que não respondem a terapias convencionais.

Estudos clínicos apontam melhora significativa nos índices de conforto, redução da dor ocular e aumento da qualidade de vida desses pacientes. Segundo pesquisas internacionais, até 70% dos pacientes relatam melhora após o uso do colírio autólogo.

Um novo paradigma na oftalmologia

A proposta do Sorotears reflete uma tendência crescente na medicina: usar o próprio corpo como aliado terapêutico. Esse tipo de abordagem já vem sendo aplicada em outras áreas da saúde, como na ortopedia (com o plasma rico em plaquetas) e na dermatologia.

Na oftalmologia, esse movimento representa um marco: em vez de apenas “lubrificar” os olhos, a terapia atua na regeneração celular, oferecendo um cuidado mais profundo e duradouro.

Para especialistas, trata-se de uma mudança de paradigma no tratamento ocular. Além de ampliar as possibilidades terapêuticas, pode reduzir custos sociais relacionados à perda de produtividade, já que a síndrome do olho seco é uma das principais queixas em consultas oftalmológicas no Brasil.

Acesse e saiba mais: Sorotears – Colírio de Soro Autólogo – Sorotears