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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Do ouro de Rebeca aos talentos de 2024: conheça 4 projetos sociais que formaram medalhistas

Em espaços muitas vezes improvisados, iniciativas mudaram rumos e revelaram atletas brasileiros que hoje brilham no topo do esporte mundial

Ontem, 5 de agosto, fez exatamente um ano desde que Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro no solo nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, tornando-se a maior medalhista da história do Brasil. No entanto, o caminho até o topo do pódio começou muito antes de Paris, Rebeca é um exemplo claro de como projetos sociais podem transformar vidas. Criada na periferia de Guarulhos–SP, foi em um programa público de incentivo ao esporte que ela deu os primeiros passos na ginástica, assim como muitos outros atletas brasileiros também iniciaram suas carreiras em espaços simples, muitas vezes improvisados ou comunitários.

Cada competição internacional nos revela um pouco mais do impacto que esses incentivos possuem no esporte nacional. Nas Olimpíadas de Paris 2024, por exemplo, o Brasil subiu ao pódio 20 vezes: foram três ouros, sete pratas e dez bronzes. Resultados que, além do talento, carregam a marca de políticas públicas, apoio social e oportunidades que mudam destinos.

Você sabia? Para cada uma das medalhas conquistadas em 2024 — ouro, prata e bronze — havia atletas que surgiram em projetos sociais. 

Rebeca Andrade no ouro, Isaquias Queiroz na prata, Rafaela Silva e Alison dos Santos, o Piu, no bronze, são alguns dos atletas que trilharam caminhos parecidos até chegar ao pódio. Por trás dessas trajetórias há o trabalho silencioso, mas essencial de organizações sociais que atuam na base, oferecendo estrutura, orientação e oportunidade para jovens talentos espalhados pelo país. A seguir, conheça as quatro iniciativas responsáveis por apoiar diretamente esses atletas em suas formações.

1. Iniciação Esportiva de Guarulhos

Reprodução/ Prefeitura de Guarulhos

Foi em um dos núcleos da Iniciação Esportiva de Guarulhos que Rebeca Andrade começou sua trajetória na ginástica artística. O projeto, mantido pela prefeitura da cidade, busca democratizar o acesso ao esporte entre crianças e adolescentes, promovendo o desenvolvimento físico, social e cidadão dos participantes. Com modalidades espalhadas por diferentes regiões do município, o programa oferece aulas gratuitas e estruturadas. Para se inscrever, basta acessar o site oficial da Prefeitura de Guarulhos (www.guarulhos.sp.gov.br/inscricoesesporte), escolher a atividade desejada ou comparecer a um dos polos com documento de identidade e comprovante de endereço em mãos.

2. Remando em Águas Baianas

Reprodução/ Prefeitura da Bahia

Com apoio do projeto social Remando em Águas Baianas, em Ubaitaba, no interior da Bahia, Isaquias Queiroz iniciou sua trajetória na canoagem. A iniciativa oferece aulas gratuitas de canoagem nas cidades de Itacaré, Ubatã, Camamu, São Félix, Itajuípe e Maraú, e é financiada pelo Governo do Estado. Para se ter ideia da relevância do projeto para o esporte local, no último domingo (3) foi realizada a quarta etapa do Campeonato Baiano de Canoagem e Paracanoagem de 2025, e cerca de 80% dos mais de 130 atletas inscritos, com idades entre 8 e 45 anos, são formados e treinados pelo projeto.

3. Instituto Reação, no Rio de Janeiro

Reprodução/ Instituto Reação

Rafaela Silva iniciou sua carreira no judô pelo Instituto Reação no Rio de Janeiro, o projeto fundado há mais de 20 anos pelo também medalhista olímpico, Flávio Canto. A organização, hoje, promove inclusão social através do judô e jiu-jitsu, e acompanhando crianças e jovens desde a iniciação nos esportes até o primeiro emprego. Com polos em cinco estados, — Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Minas Gerais — o Instituto Reação atende cerca de 4 mil alunos anualmente, e abre inscrições três vezes ao ano. Interessados devem acompanhar as vagas divulgadas nas redes sociais e fazer pré-inscrição junto ao polo escolhido.


4. Inelur (Instituto Edson Luciano)

Reprodução/ Instituto INELUR

Alison dos Santos, o Piu, foi descoberto na adolescência pelo projeto Correndo para Vencer, iniciativa do Instituto INELUR. Fundado em 2009 pelo medalhista olímpico Edson Luciano Ribeiro, o instituto aposta no atletismo como ferramenta de inclusão social, e atua em seis estados brasileiros — Pará, Santa Catarina, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro —, oferecendo a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade acesso ao esporte, educação, cultura e cidadania. Para participar dos projetos basta localizar sua região e entrar em contato com os números fornecidos através do site.

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