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sábado, 2 de agosto de 2025

Brusque e Florianópolis estão entre as cidades que mais consomem ultraprocessados no Brasil 

Um estudo recente do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo (USP), trouxe um dado alarmante: Brusque e Florianópolis estão entre as dez cidades brasileiras com maior consumo de alimentos ultraprocessados. Das 20 cidades que lideram esse ranking, 19 estão localizadas em Santa Catarina, revelando um padrão alimentar preocupante em toda a região. Florianópolis é a cidade que lidera a pesquisa.

Para especialistas da Clínica NV, referência em dermatologia, nutrição e medicina integrativa em Brusque, o dado vai além da estatística. Ele reflete um estilo de vida que tem comprometido diretamente a saúde física, emocional e estética da população.

Alimentos ultraprocessados são produtos industrializados com alto teor de aditivos químicos como corantes, conservantes e emulsificantes. Estão presentes em itens comuns do cotidiano, como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos, embutidos e cereais açucarados. Apesar da praticidade, são pobres em nutrientes, ricos em calorias vazias e altamente inflamatórios.

“Esse tipo de alimentação está diretamente associado ao aumento de doenças metabólicas e ao desequilíbrio cutâneo”, alerta a dermatologista Nadine Vandresen, CEO da Clínica NV. “É cada vez mais comum vermos pacientes jovens, com dietas baseadas em ultraprocessados, apresentando acne inflamatória, rosácea, oleosidade excessiva, queda de cabelo e envelhecimento precoce.”

Nadine ressalta que a pele é um órgão sensível às variações inflamatórias do organismo. “Muitas vezes, o problema não está na superfície, mas sim no interior do corpo. Se há inflamação sistêmica, a pele é uma das primeiras a manifestar os sinais. Essa inflamação silenciosa pode dificultar tratamentos dermatológicos, tornando-os mais longos, caros e menos eficazes.”

A nutricionista Ana Paula Elias reforça que a alimentação é a base de qualquer plano terapêutico. “Brusque consome mais ultraprocessados que a média nacional. Esse padrão está por trás do crescimento de doenças como obesidade, diabetes, distúrbios hormonais e até transtornos como ansiedade e depressão. O desafio é mostrar que é possível se alimentar bem com praticidade e equilíbrio.”

Segundo Ana Paula, o consumo excessivo desses alimentos prejudica a absorção de vitaminas e minerais essenciais, além de comprometer o equilíbrio da microbiota intestinal. “Essa alteração está diretamente ligada a inflamações na pele, desequilíbrios emocionais e queda na imunidade.”

A nutricionista Ana Paula Elias reforça que a alimentação é a base de qualquer plano terapêutico. Foto divulgação_Growth Global

Na Clínica NV, o cuidado com a saúde é conduzido de forma integrada. O médico Matheus Figueiredo, especialista em medicina integrativa, explica que o impacto dos ultraprocessados ultrapassa a estética. “O consumo frequente desses alimentos gera disbiose intestinal, quando bactérias benéficas são eliminadas e as nocivas proliferam. Isso favorece o intestino permeável, conhecido como leaky gut, condição que permite a passagem de toxinas para a corrente sanguínea, aumentando o risco de doenças autoimunes e distúrbios neurológicos.”

Pequenas mudanças, segundo a equipe da NV, podem gerar grandes transformações. “Substituir um lanche industrializado por uma fruta com castanhas, por exemplo, já melhora a qualidade da pele, do sono e do humor”, exemplifica Ana Paula.

A pesquisa da USP reforça o que os profissionais da clínica já observam no dia a dia: uma rotina alimentar marcada por industrializados, baixa hidratação e pouca diversidade nutricional. Um padrão silencioso, mas devastador, que compromete a saúde metabólica, emocional e estética de forma contínua e profunda.


Davi Paes e Lima
Davi Paes e Limahttps://www.paeselima.com.br/
Davi Paes e Lima é jornalista profissional (2874 - SC) desde 2006. É especialista em Comunicação Empresarial e atua na área de Assessoria de Comunicação há 20 anos, desde 2003 - além de ter passagens por veículos especializados. Desde 2020 está à frente da Paes e Lima Comunicação, agência boutique com base em Florianópolis (SC). No associativismo é diretor de eventos da Associação Catarinense de Imprensa (2023/2026). Contato: davi@paeselima.com.br

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