Além da estética, clima, tipo de solo, manutenção e uso do espaço devem ser levado em conta para a seleção das espécies
| Muito mais do que um elemento de acabamento, a cobertura do solo tem papel fundamental na estética e funcionalidade dos jardins. Uma dúvida, porém, pode rondar quem deseja dar cara nova às áreas externas de casa: afinal, qual a diferença entre grama e forração — e como saber qual delas escolher? De acordo com o paisagista Luciano Zanardo, responsável por diversos projetos, entre eles o Jardim do Círculo de Pedras, na 38ª edição da CASACOR São Paulo, a principal distinção está nas características das plantas. “A grama forma um tapete verde uniforme e é indicada para áreas de lazer e de circulação, pois resiste ao pisoteio. Já a forração tem função mais estética, sendo ideal para preencher canteiros, vasos ou áreas onde não há tráfego de pessoas”, explica. |
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| Gramados são ideais para áreas de pisoteio e exigem manutenção frequente / Foto: JP Image |
| Entre as espécies mais resistentes para os gramados estão a Bermuda Celebration e a Bermuda Tifway 419, além das populares Esmeralda e São Carlos. Os cuidados, segundo o paisagista, incluem rega adequada, corte periódico, adubação, controle de ervas daninhas e, em alguns casos, aeração do solo. Já para quem busca um jardim de baixa manutenção, as forrações podem ser grandes aliadas. Espécies como grama-amendoim, hera, lambari-roxo, singônio, tapete inglês, grama-preta e a brilhantina, por exemplo, são duráveis e comuns em projetos paisagísticos. Isso porque, segundo Zanardo, elas possuem cores vibrantes, texturas e formas variadas, que proporcionam acabamento elegante, contribuindo para a beleza do jardim. |
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| A grama-amendoim é uma das espécies indicadas pelo paisagista para a forração de vasos e canteiros / Foto: JP Image |
| Um jardim, diversas forrações Quem gosta de plantas não precisa se limitar a uma espécie específica. O paisagista conta que é possível — e até recomendável — combinar diferentes tipos de forração no mesmo jardim, mas com atenção. “A mistura pode criar efeitos muito interessantes, mas é essencial que as plantas tenham necessidades similares de luz, água e solo, para garantir a harmonia visual e o bom desenvolvimento delas”. |
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| Mesclar espécies de forração é uma alternativa para criar diferentes volumes e reforçar o apelo visual dos jardins / Foto: JP Image |
| Além das preferências estéticas, fatores como tipo de solo, drenagem e clima também devem influenciar na escolha entre o uso de grama ou forração. “O clima tropical ou subtropical, com temperaturas amenas e alta umidade, favorece o desenvolvimento da maioria das gramas e forrações mais comuns. No entanto, é importante considerar as necessidades específicas de cada espécie para garantir o sucesso do projeto“, reforça o paisagista. |
| Sobre Luciano Zanardo Luciano Zanardo, que comanda a Zanardo Paisagismo, atua no mercado de paisagismo corporativo e residencial, cuidando pessoalmente de cada projeto, imprimindo seu toque em todas as suas obras. A paixão pelo paisagismo surgiu quando cursou Biologia em Bauru, no interior de São Paulo. Já na capital paulista, estudou na Escola Panamericana de Artes e no IBRAP (Instituto Brasileiro de Paisagismo), onde aperfeiçoou seus conhecimentos na área. Atualmente, seu escritório conta com uma equipe altamente qualificada de profissionais e também de parceiros nas áreas de arquitetura e design de interiores, oferecendo estrutura necessária para garantir a qualidade de cada projeto executado. Seu trabalho tem como característica essencial a simplicidade, sem deixar de lado a sofisticação, fazendo o melhor uso dos recursos naturais, o que resulta em um paisagismo de bom gosto e com características sustentáveis. Somado a isso tudo, um atendimento ágil e extremamente focado, buscando sempre trazer inovações para atender às necessidades de seus clientes. Seus projetos inspiradores, pautados pela brasilidade, denotam a importância dos jardins e a forma pela qual eles tornam nossas vidas mais prazerosas e harmônicas. |
Autora:
Karina Monteiro
