Sinônimo de celebrações, a champanheira está presente em vários projetos da Spaço Interior, como nesta mesa de centro da casa da jornalista Mônica Salgado | Foto: Kadu Lopes
A arquiteta Ana Rozenblit, da Spaço Interior, revela como esse item, com versões embutidas, integradas e até esculpidas, tem tudo para se tornar o queridinho dos ambientes
As champanheiras sempre estiveram associadas aos momentos de celebração. Tradicionalmente portáteis e feitas de aço inox, elas sempre cumpriram bem seu papel nos encontros, mas a paixão por receber muito bem em casa fez com que esse item fosse observado sob uma outra óptica. Cada vez mais incorporadas ao projeto de interiores, as champanheiras ganharam versões fixas, embutidas ou esculpidas, unindo função e design.
Segundo a arquiteta Ana Rosenblit, à frente do escritório Spaço Interior, a mudança acontece porque os ambientes se tornaram ainda mais integrados e receptivos. “As pessoas querem praticidade, mas também querem beleza em cada detalhe. Quando a champanheira já faz parte do projeto da casa desde o início, ela deixa de ser um improviso, uma coadjuvante e vira parte da experiência de receber com personalidade e estilo”, explica a profissional.
Champanheira cada vez mais relevante
Com o tempo, ela deixou de ser apenas o tradicional balde metálico apoiado sobre uma base. Hoje, há uma variedade de formatos e materiais que atendem desde o uso casual até o mais sofisticado.
Para a arquiteta Ana Rosenblit, essa transformação tem tudo a ver com a evolução do morar. “A champanheira passou a ser pensada como parte do projeto, não só como um acessório para ocasiões especiais. Isso abriu espaço para novas formas, novas matérias-primas e para um uso muito mais prático no dia a dia”, completa.
Veja algumas ideias com champanheiras em projetos da Spaço Interior:
Esculpida na bancada de granito da varanda
Embutida na bancada de granito preto da varanda neste projeto da Spaço Interior, a champanheira se tornouuma xodó dos moradores, especialmente, quando recebem amigos e visitas | Fotos: Julia Herman
No projeto de reforma deste apartamento, a champanheira foi esculpida diretamente em granito preto, como parte do mobiliário fixo da área gourmet. A peça acompanha a imponência do espaço, que conta com pé-direito duplo, e funciona como um elemento escultórico.
Além do apelo visual, o uso da pedra contribui para manter a temperatura das bebidas por mais tempo, tornando a champanheira funcional mesmo sem o uso constante de gelo. A estrutura reforça o caráter permanente da peça, afastando a ideia de acessório improvisado.
À vista ou oculta na bancada da churrasqueira
Nem sempre a champanheira precisa ficar à vista nos ambientes da casa, por isso a equipe da Spaço Interior pensou numa tampa removível, feita do mesmo material da bancada, para ocultá-la | Fotos: Kadu Lopes
Há outros modelos diferentes, mas igualmente eficazes. Geralmente na área gourmet, a champanheira pode ser embutida na bancada, no mesmo nível da pia. Essa solução aproveita o espaço com inteligência e contribui para manter a área organizada, sem perder o charme.
Esse tipo de champanheira também permite melhor controle da condensação, já que está projetada com revestimento e escoamento adequado. Para Ana, é o tipo de detalhe que transforma o cotidiano. “É um convite para o uso constante. A champanheira deixa de ser algo só para festas e vira parte do dia a dia”, conta Ana Rozenblit.
Mas para não haver erros, é preciso pensar se será um espaço rebaixado ou embutido na bancada, prevendo isso desde o início do projeto. Se for adaptar uma bancada existe, vale consultar um marmorista ou profissional especializada para cortes e ajustes na pedra. O ideal é que a champanheira tenha um ralo no fundo com escoamento direto para a rede de água, facilitando a limpeza e evitando acúmulo de água com o derretimento do gelo.
Na varanda contínua à cozinha deste apartamento reformado pela Spaço Interior, a bancada de frentepara a sala de jantar ganhou um pequena champanheira, já que o casal de moradores ama receber juntamentecom o churrasco | Fotos: Kadu Lopes
Destaque da mesa de centro
Um suporte de inox integrado à mesa de madeira. O móvel eleito pela Spaço Interior para esta casa emAlphaville já tinha o propósito de servir à área de encontros e recepções da família, por isso conta com umpequeno recipiente para gelar poucas garrafas | Fotos: Kadu Lopes
Em seus projetos mais fora da caixa, a arquiteta transforma a champanheira em mesa de centro, como nesta área externa. Há modelos em que a peça está embutida no móvel de madeira, aliando rusticidade e modernidade, e funcionando como um ponto de apoio para momentos descontraídos.
Essa versão valoriza o contato visual e a centralidade do receber, já que está integrada ao convívio e não apenas ao servir. Mesmo sem uso constante, ela se mantém como peça-chave na composição, tornando o ambiente acolhedor e personalizado.
Com qual champanheira?
Na hora de eleger a champanheira ideal, a arquiteta Ana Rozenblit reforça que vale pensar além da estética. O material, por exemplo, influencia diretamente na performance, como por exemplo em que modelos de inox com isolamento térmico duplo mantêm a temperatura por mais tempo, enquanto versões de acrílico ou vidro são mais indicadas para uso pontual e em ambientes fechados.
Também é importante considerar a capacidade de armazenamento, pois há modelos individuais, para apenas uma garrafa, e outros maiores, que acomodam mais. Para áreas externas, o ideal é optar por versões com drenagem embutida, que evitam acúmulo de água.
“A champanheira precisa estar de acordo com o uso do dia a dia. Às vezes, o cliente quer algo sofisticado, mas nem consome espumante com frequência. Outras vezes, o uso é constante e justifica investir em algo mais bacana, prático de manter e com durabilidade”, explica Ana.
Sobre a Spaço Interior
Presente há mais de duas décadas no mercado de arquitetura e decoração, a Spaço Interior Arquitetura tem no comando a arquiteta Ana Rozenblit. O escritório realiza dezenas de projetos por ano, que vão desde pequenas reformas até casas completas. As maiores inspirações da arquiteta vêm dos desafios propostos em cada obra. Sempre atenta às novidades do mercado e às necessidades do cliente, desenvolve soluções criativas e inusitadas para imóveis dos mais variados tamanhos.
