Histórias como a de Rita Batista mostram que adiar a gravidez não é abrir mão do sonho de ser mãe — é apenas escolher vivê-lo com mais autonomia, preparo e consciência
Aos 38 anos, a apresentadora Rita Batista viveu um marco inesperado em sua vida: engravidou de Martim, seu primeiro filho, justamente quando se preparava para iniciar o processo de congelamento de óvulos. A notícia surpreendeu até os mais próximos — não só por sua espontaneidade, mas também por simbolizar o início de uma nova fase para Rita, tanto na maternidade quanto na carreira.
Após o nascimento de Martim, veio outra grande mudança: um convite para integrar a equipe de repórteres dos programas matinais da TV Globo, em São Paulo. Decidida a seguir seus planos profissionais, Rita optou por não alterar a rotina do filho, que continuou morando com o pai, em Salvador. Essa escolha, no entanto, não veio sem julgamentos — muitos dos quais ela enfrentou de forma direta e com maturidade. “Acho engraçado que, socialmente, quando os homens precisam se afastar por questões profissionais ou de progressão de carreira, é natural. As famílias sobrevivem. Mas, quando é a mulher, é um problema, é uma grande questão”, comentou em entrevista à revista.
A história de Rita reflete uma realidade cada vez mais comum entre mulheres que buscam conciliar o desejo da maternidade com os desafios emocionais, financeiros e profissionais. A decisão de postergar a gravidez ou preservar a fertilidade é, para muitas, uma forma de garantir o direito de escolher o melhor momento para se tornarem mães.
Uma pesquisa realizada pela Win, provedora de benefícios para construção familiar, com mil mulheres americanas acima dos 35 anos, mostrou que relacionamentos, estilo de vida e questões financeiras são os principais motivos para o adiamento da gravidez. Entre as entrevistadas, 93% afirmaram ter conquistado metas importantes após essa escolha.
Estudos internacionais indicam que mulheres que têm filhos antes dos 35 anos tendem a enfrentar impactos mais significativos na renda e na ascensão profissional. Já aquelas que adiam a maternidade conseguem manter um crescimento mais constante, similar ao dos homens. Nesse contexto, o congelamento de óvulos surge como uma estratégia segura e eficiente para quem deseja preservar a fertilidade sem abrir mão dos próprios projetos de vida.
Segundo o Dr. Alfonso Massaguer, especialista em reprodução assistida e diretor da clínica Mãe de Medicina Reprodutiva, o procedimento é cada vez mais procurado por mulheres entre 30 e 40 anos. “A gente verifica entre as nossas pacientes que, pelo fato de as mulheres quererem engravidar cada vez mais tarde, este procedimento se apresenta como uma alternativa excelente para garantir uma gestação tardia, permitindo que a mulher escolha o melhor momento em sua vida para engravidar”, explica.
Esse foi também o caminho escolhido por Larissa Martinez, de 35 anos, após descobrir uma baixa reserva ovariana. Apesar da insegurança inicial, decidiu preservar seus óvulos, com apoio médico e emocional. “Esse foi um primeiro e importante passo para me dar a tranquilidade que eu preciso nesse momento da minha vida, sem abandonar o sonho de futuramente ter filhos”, relata.
O método mais utilizado atualmente é a vitrificação, que oferece cerca de 95% de taxa de sobrevivência após o descongelamento. O sucesso, no entanto, vai além da técnica. “O suporte da família e da equipe médica é fundamental, mas é a determinação da mulher que conduz o processo”, reforça o Dr. Massaguer.
Histórias como a de Rita, Larissa e tantas outras mostram que a maternidade, cada vez mais, pode e deve ser exercida com liberdade e consciência. Afinal, a possibilidade de escolher quando e como viver esse momento é, por si só, um gesto de coragem e amor próprio.
Sobre Dr. Alfonso Massaguer – CRM 97.335
É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e atua em Reprodução Humana há 20 anos. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida, autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e Canadá.
Sobre a Clínica Mãe
A Clínica Mãe é uma instituição de referência em reprodução assistida, dedicada a ajudar pessoas a realizarem o sonho de se tornarem pais. Com uma equipe altamente qualificada e utilizando as mais recentes tecnologias e métodos, a Clínica Mãe está comprometida em proporcionar cuidados personalizados e de alta qualidade a cada um de seus pacientes.
Autoria:
Ageimagem