Ainda te vejo, mesmo sem te ver.
Vejo-te na rua ao entardecer.
No reflexo de alguém no vidro do metrô.
Ainda te ouço na canção apaixonada.
Parti calado, porque amar sozinho doía em mim.
Bloqueei você da tela, mas nunca da alma, que insiste em lembrar.
Anos passaram, e ainda espero,
No acaso do mundo, um encontro sincero.
Não para reviver o que nunca existiu,
Mas para ver teu sorriso, nem que seja pela última vez.
Porque há amor que nasce para não acontecer,
Mas vive eterno, sem ninguém perceber.
E eu sigo…sozinho.
Sem culpa e sem drama.
Só com a saudade.