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domingo, 27 de abril de 2025

A era das prateleiras invisíveis: como as dark kitchens redefiniram o consumo sem vitrine

Sem salão, fachada e vitrine, as famosas cozinhas fantasmas se firmam como o modelo da nova economia da entrega, com reaproveitamento total de insumos e valorização da experiência do cliente

As dark kitchens, cozinhas exclusivamente voltadas para o delivery, vêm crescendo nas pequenas e grandes cidades brasileiras. Essa modalidade de atuação no setor de alimentos representa um terço dos restaurantes listados no iFood, de acordo com a Statista, e projeta-se que o mercado global alcance US$ 71 bilhões até 2027. Com a ascensão desse formato, adotado por 57,4% das franquias de food service, um novo tipo de consumo se consolida: aquele em que o produto é real, mas a prateleira desapareceu. 

Sem salão, fachada ou  vitrine, as cozinhas fantasmas se firmam como o modelo definitivo da nova economia da entrega, que prioriza as vendas a partir da experiência de consumo, atrelada à jornada de compra e da logística facilitada. Assim, imagens convidativas, embalagens diferenciadas, redes sociais estratégicas e uma voz digital autêntica são fatores que consolidam essas marcas, como as redes do Grupo Harõ, – holding de franquias detentoras das marcas Harõ Sushi, Hapoke, The Roll, Redwok, Mango Salad e Tio Parma. 

Operando exclusivamente no formato dark kitchen, as unidades são organizadas para comportar de duas a seis marcas em um único espaço, utilizando a mesma estratégia das prateleiras invisíveis para chamar a atenção dos consumidores. Agora, cada unidade pode ter de duas a seis marcas. Segundo Fernando Andrade, fundador e CEO do Grupo Harõ, a estratégia da holding neste formato possibilita o crescimento exponencial das unidades. “Nosso modelo de franquias permite uma expansão rápida e eficiente. Trabalhamos com múltiplas marcas dentro da mesma estrutura, maximizando os recursos e ampliando o faturamento dos franqueados, com até 100% de reaproveitamento dos insumos nas diferentes operações”, compartilha.

Outro fator que chama a atenção para as dark kitchens é a otimização de processos e o aproveitamento total da capacidade de produção nas cozinhas. Em uma das estratégias para conquistar o consumidor e garantir o aproveitamento completo dos insumos adquiridos é a adoção de um menu que contempla diversos pratos preparados com o mesmo tipo de material. No Grupo Harõ, foi implantado um tipo de cardápio smart, que a partir da simplificação dos pratos e do foco nos preparos que mais agradam aos clientes. Andrade comenta que “desta forma, foi possível estabelecer uma gestão eficiente de ingredientes, que podem ser utilizados em boa parte das marcas e contribui para a redução do desperdício na cozinha”. 

A partir de uma operação executada por uma equipe enxuta, mas vinculada a um alto nível de eficiência, a holding também destaca a importância do ambiente tecnológico e digital para a atuação no setor de alimentos. “Investimos em treinamentos contínuos dos franqueados para utilizarem as plataformas digitais, como marketplace e outras ferramentas de gestão. Desta forma, conseguimos ampliar a presença nestes espaços, com o mapeamento de estratégias de precificação e com campanhas de marketing direcionadas”, pontua o CEO.  

Diante das possibilidades que o formato permite, é essencial reforçar a necessidade de investimento na experiência do consumidor, que torna-se crucial para garantir a permanência das marcas no mercado. Assim, a grande propaganda das dark kitchens fica a cargo da qualidade dos alimentos, além das embalagens, serviço de atendimento ágil, conectividade com marketing assertivo e diálogo direto com canais digitais de venda. “Trabalhamos constantemente para entregar o melhor produto, com custo-benefício e excelência em cada detalhe da jornada do cliente, desde o primeiro clique ao momento da entrega. É essa consistência que transforma um pedido em recorrência e consolida a fidelização no ambiente digital”, finaliza.   

Sobre o Grupo Harõ

O Grupo Harõ foi fundado em 2017, em Pernambuco, por Fernando Andrade e João Pedro Bezerra, com o objetivo de reinventar a entrega de comida japonesa. Hoje, o grupo também conta com o sócio-investidor Rodrigo Melo, especialista do mercado de franquias com mais de 10 anos de atuação na área. A holding detém  as marcas Harõ Sushi, Hapoke, The Roll, Redwok, Mango Salad e Tio Parma, e oferece um modelo de franquia 6 em 1, com a possibilidade de operação em dois formatos diferentes de negócios, dark kitchen e take away. O Grupo Harõ também trabalha com fornecedores homologados e oferece um aplicativo próprio para os franqueados. Com mais de 50 unidades espalhadas por 12 estados brasileiros, o grupo  segue com plano de expansão para conquistar todo o território nacional.

Autora:

Daniela Santos

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