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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Um Homem Santo

O Encontro em uma Metrópole

Moro numa grande metrópole e conheço bem a vida noturna por aqui. Em uma dessas andanças boêmias, conheci uma boate superluxuosa. Muito bem decorada e com música ao vivo, o ambiente era frequentado por grandes figurões da sociedade local e outros vindos de outros estados. O que todos tinham em comum era a carteira cheia; para eles, dinheiro não era problema.

Numa conversa que tive com o proprietário da suntuosa casa, fiquei sabendo que ele era um especialista na vida noturna, e era também dono de outras casas. As garotas que lá trabalhavam eram as mais lindas. Eram bem selecionadas, modelos de capa de revista. E ele jurou que nunca tinha encostado um dedo em nenhuma delas. Apesar de quase todas se oferecerem a ele com o melhor que tinham sem cobrar pelos serviços. Ele não aceitava as investidas. Se mantinha integro e a distância, segundo ele, havia um respeito implícito na relação entre ele e suas garotas.

Contou-me também que o negócio era extremamente lucrativo. Ganhou o suficiente para formar uma bela família e dar uma condição invejável à sua esposa e filhos. Disse-me, “sou um homem realizado, não preciso me ‘engraçar’ com as garotas que trabalham na minha boate. Sou um empresário do ramo noturno, e nada mais. Vou à missa todos os domingos com minha família. Não misturo as coisas. Sigo o provérbio: “onde se ganha o pão não se come carne.'”

E assim conclui: que eu estava diante de um “homem santo.”

Autor:

Jaeder Wiler

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