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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

“Como a geração 50+ está moldando o futuro dos transportes e da mobilidade”

Se tem um mercado que precisa urgentemente olhar para a longevidade, é o de mobilidade. Os consumidores 50+ não apenas continuam dirigindo como são um dos principais grupos de compra de automóveis e transporte privado. E quem entender esse movimento primeiro, vai sair na frente.

Os 50+ estão dominando o mercado de automóveis

Ao contrário do que muitos pensam, os consumidores mais maduros não estão deixando de dirigir — na verdade, estão comprando mais carros do que qualquer outro grupo etário.

  • Nos Estados Unidos, um estudo da Edmunds revelou que 56% dos compradores de carros novos têm mais de 50 anos, sendo que a maior parte está na faixa dos 55 aos 64 anos.
  • No Brasil, a Fenabrave aponta que 35% dos veículos novos são adquiridos por consumidores acima de 50 anos, e esse número só cresce.
  • O mercado premium é ainda mais dominado pelos maduros. Marcas como Porsche, BMW, Mercedes-Benz e Audi têm a maioria de seus clientes acima dos 50 anos.

Mas o que esses consumidores buscam? Segurança, conforto e tecnologia. Um levantamento da J.D. Power mostrou que os motoristas 50+ priorizam assistentes de direção, frenagem automática, bancos mais ergonômicos e comandos por voz. E não por acaso, montadoras estão investindo pesado nesses recursos para garantir que seus veículos atendam essa nova demanda.

Mobilidade urbana: os maduros exigem inovação e acessibilidade

Além da compra de carros, o transporte urbano também está se adaptando a esse público.

  • Os 50+ são os que mais utilizam serviços de transporte por aplicativo. No Brasil, mais de 40% dos usuários da Uber e 99 estão nessa faixa etária, segundo a DataFolha.
  • A busca por veículos adaptados cresceu 30% nos últimos cinco anos, segundo a Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva).

As empresas já perceberam esse movimento e estão reagindo:

  • A Uber lançou o serviço Uber Assist, com motoristas treinados para atender passageiros que precisam de assistência extra.
  • A Toyota e a Honda estão investindo em carros híbridos e elétricos acessíveis para o público maduro, com comandos simplificados e maior eficiência energética.
  • No transporte público, cidades como São Paulo e Curitiba estão testando ônibus com design inclusivo, assentos confortáveis e tecnologia de assistência para passageiros idosos.

O futuro da mobilidade é prateado

A longevidade está mudando as regras da mobilidade. Os consumidores 50+ são os que mais gastam com transporte, exigem inovação e não querem soluções genéricas.

O mercado automotivo e de transporte urbano precisa parar de tratar esse público como secundário. Eles são o motor da economia da mobilidade e vão ditar o futuro do setor.

A pergunta que fica: sua empresa já está preparada para essa transformação ou vai assistir a concorrência sair na frente?

Willians Fiori
gerente de relações profissionais e institucional Bigfral
professor docente a pos graduação em gerontologia e geriatria do hospital israelita Albert Einstein
professor convidado da FMUSP | UFRJ | UFF| INSPER|FAAP
Membro da Sociedade Brasleira de Geriatria e Gerontologia
Membro da Associação Brasileira de Telemedicina
host e criador do gerocast , primeiro podcast sobre longevidade do brasil

Autor e colaborador dos livros: Meus Pais Envelheceram, e agora? Longevity Hub, Brasil 2060,Alzheimer, desafios do Cuidar

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