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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

A Nova Guerra Fria: A Estratégia dos EUA para Conter a China

Cada vez mais, temos percebido uma política americana voltada para o aumento da participação dos Estados Unidos na sociedade global. O governo norte-americano resolveu colocar em prática não apenas seu discurso voraz, mas também uma série de medidas que realmente dão razão ao lema Make America Great Again. A guerra de tarifas nada mais é do que uma ferramenta de barganha para conseguir melhores acordos e novos aliados. Esse é o caso de El Salvador, Austrália, Índia e tantos outros países que já estão tendo que se adaptar às novas diretrizes da política externa norte-americana.

Blocos que antes se mostravam cada vez mais sólidos, como o BRICS, agora estão tendo que lidar com a grande ameaça de tarifas exorbitantes sobre suas balanças comerciais com os Estados Unidos. Vale ressaltar que os EUA, na forma como estão atuando, buscam enfraquecer e pressionar cada vez mais o eixo das ditaduras, composto por Rússia, China, Irã e alguns outros países.

Atualmente, a China não tem os Estados Unidos como seu maior parceiro comercial. No entanto, os EUA são responsáveis pelo maior superávit na balança comercial chinesa, totalizando mais de 350 bilhões de dólares – quase 200 bilhões a mais do que o superávit oferecido pelos países do Sudeste Asiático, que são os maiores parceiros comerciais da China. Basicamente, o que está acontecendo é que os Estados Unidos estão enfraquecendo a China economicamente por meio de suas políticas tarifárias.

A China é, hoje, o segundo maior detentor da dívida americana, com um total de 800 bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA. Se, em algum momento, o governo chinês precisar vender parte desses ativos para lidar com as pressões econômicas, terá que se desfazer desses títulos. Isso forçaria o Federal Reserve a recomprá-los a um preço menor, efetivamente nacionalizando

novamente parte da dívida americana.

Diversas são as frentes de pressão sobre a economia chinesa. Além dos cortes no USAID, a corrida pela inteligência artificial e os investimentos bilionários em tecnologia, os acordos com o Japão e outras nações estratégicas têm intensificado a pressão sobre Pequim. Os Estados Unidos estão empurrando a China para um canto, tornando-a cada vez mais acuada.

Diante desse cenário, basicamente só podemos esperar uma de duas possibilidades: ou assistimos à ascensão definitiva dos Estados Unidos nesta nova Guerra Fria, ou testemunhamos a consolidação do poderio chinês em uma esfera global.

Autor:

Hilton

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