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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Telemedicina Especializada para Idosos: O Presente e o Futuro da Saúde Digital


O envelhecimento populacional é uma das grandes transformações demográficas do século. O Brasil, por exemplo, terá mais idosos do que crianças até 2030, segundo o IBGE. Esse crescimento da população 60+ gera desafios e oportunidades, principalmente no setor de saúde. Entre as soluções mais promissoras está a telemedicina especializada para idosos, um mercado que já movimenta bilhões e continuará em expansão nos próximos anos.

A McKinsey & Company estima que a telemedicina pode representar até US$ 250 bilhões do mercado de saúde global nos próximos anos. No Brasil, um estudo da Associação Paulista de Medicina (APM) revelou que 84% dos médicos acreditam que a telemedicina melhorou a qualidade do atendimento. Para a população idosa, essa inovação é ainda mais relevante, pois reduz deslocamentos, facilita o acesso a especialistas e melhora o acompanhamento de doenças crônicas.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 75% dos idosos possuem ao menos uma doença crônica, como hipertensão, diabetes ou doenças cardiovasculares. O problema é que muitos deixam de ir ao médico por dificuldades de locomoção ou falta de especialistas em suas regiões. A telemedicina resolve esse gargalo, permitindo consultas regulares, monitoramento remoto e acesso rápido a prescrições médicas.

Um exemplo de sucesso vem da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, que adotou um modelo híbrido de atendimento para idosos e registrou redução de 25% nas hospitalizações evitáveis. No Brasil, plataformas como a Conexa Saúde já oferecem soluções voltadas para esse público, promovendo um atendimento humanizado e acessível.

Para as empresas, o crescimento da telemedicina representa uma oportunidade estratégica. Startups, operadoras de planos de saúde e hospitais que investirem nesse modelo estarão não apenas inovando, mas liderando o mercado da longevidade. Além disso, soluções complementares, como dispositivos vestíveis, inteligência artificial e prontuários eletrônicos, criam um ecossistema integrado que melhora ainda mais a experiência do paciente idoso.

A economia da longevidade exige inovação, acessibilidade e eficiência. A telemedicina não é mais uma tendência—é uma realidade consolidada e um dos pilares da saúde do futuro. Empresas que souberem explorar esse mercado não apenas lucrarão, mas transformarão vidas.

Willians Fiori
gerente de relações profissionais e institucional Bigfral
professor docente a pos graduação em gerontologia e geriatria do hospital israelita Albert Einstein
professor convidado da FMUSP | UFRJ | UFF| INSPER|FAAP
Membro da Sociedade Brasleira de Geriatria e Gerontologia
Membro da Associação Brasileira de Telemedicina
host e criador do gerocast , primeiro podcast sobre longevidade do brasil

Autor e colaborador dos livros: Meus Pais Envelheceram, e agora? Longevity Hub, Brasil 2060,Alzheimer, desafios do Cuidar

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