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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Mostra “BiancoNero”, do artista visual Fabio Benetti, tem visitação prorrogada até janeiro na Galeria Tato, em São Paulo

Obras usam técnicas desenvolvidas pelo artista na última década

A visitação da mostra “BiancoNero”, do artista visual Fabio Benetti, teve visitação prorrogada até 06/01/2024 na Galeria Tato, na Barra Funda, em São Paulo. Com curadoria de Rejane Cintrão, serão apresentadas 25 obras, realizadas entre 2022 e 2023, que exploram a dualidade entre o preto e branco, resultado de uma pesquisa sobre o estadista e autor alemão Johann Wolfgang von Goethe [1749-1832].

Fabio larga sua carreira no Direito e, há mais de 10 anos, se dedica aos estudos da História da Arte, Filosofia e crítica de arte, tendo a pesquisa de materiais e o fazer artístico como principal agente, que resultam em experimentos de obras [com materiais como o minério e sacolas/copo de plástico em grandes dimensões], que mesclam física, química e ação corporal.

As obras brancas abrem a mostra e são construídas com diferentes materiais, como minérios – técnica desenvolvida há 10 anos durante uma residência em um canteiro de obras, e tintas a camadas de plásticos (esticados, amassados, alongados, dobrados e derretidos sobre finas camadas de telas de arame) – técnica desenvolvida há oito anos para umas peças de uma mostra.

“(…) Benetti é um artista dos materiais simples, da colaboração da natureza, do lado um pouco “MacGiver”, que busca por meio de sua obra “o sublime de Rothko, a metafísica de Morandi, a liberdade dos materiais da arte povera, e a catarse, do action painting”, onde artista e obra são uma coisa só.”, diz a curadora Rejane Cintrão em seu texto crítico.

Sobre o artista
Fabio Benetti nasceu em 1970, em São Paulo/SP, onde vive e trabalha. Com formação em Ciências Jurídicas, atuou muitos anos com Direito e Negócios, até se dedicar exclusivamente à arte e seus estudos e pesquisas, realizando diversos cursos em arte e filosofia.

Benetti  participou  de um laboratório numa construção civil que foi crucial para  o desenvolvimento de sua técnica própria, lidando com diversos tipos de materiais, dentre eles caulim, barita, cálcio, calcário e outros minérios, e descobrindo a reação dos mesmos quando se misturavam, instigando seu anseio pela investigação e experimentação contínua de diferentes materiais e a forma como se modificavam no decorrer da secagem quando expostos ao sol. Podemos dizer que seu processo se divide em dois momentos, no primeiro o artista  é protagonista, orquestrando os materiais e condições de partida para que cada trabalho comece a ganhar vida; num segundo momento, como observador, no processo de maturação da alquimia dos materiais expostos ao sol, que vai maturando a obra conforme as condições climáticas do momento arbitrando o tempo certo de incidência do sol, umidade e temperatura, abrindo fissuras e dando oportunidade para novas possibilidades de cores e formas. Ora o artista está no gestual e sendo preponderante do fazer a obra, ora o artista está como espectador, observando a ação da natureza agir como autora principal na finalização de cada obra. Suas obras afiguram-se como espécies de fotografias da manifestação da natureza em face das mudanças das condições climáticas; fazendo cada obra manifestar sua singularidade.

Benetti serve como força propulsora do fazer, proporcionando todas as condições aos materiais naturais e sintéticos e os expõe ao sol, observando a obra maturar e se modificar no tempo elegido, constituindo um processo de cocriação contínua entre o artista e a natureza; cada temperatura que o sol irradia na obra faz dela ser singular pelo momento da maturação onde o artista passa a ser espectador. https://www.fabbenetti.com

Já realizou seis solos, sendo elas: “A Voz da Natureza” com curadoria de Iago Calegari e Waldireni M. Chelala, no Hotel Hilton, em 2023; “Serendipidade” com curadoria de Rejane Cintrão, no Atelier Benetti, em 2021; “Uma Outra Estória”com curadoria de Francisco Rosa, na Galeria Zero, em 2019 e “Purgatório” com curadoria de Rogério M. Martins, em 2019.

Também participou de diversas coletivas, sendo elas: 22º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia, no Cine Itá Cultural, Atibaia – SP, em 2023; “8 de Março”, com curadoria de Lais Helena, FUNDACI, Ilha Bela – SP, em 2023; “100 a 1000” com curadoria de Tato Dilascio e Nancy Betts, Espaço Ophicina, São Paulo – SP, entre 2022 e 2023; 17º Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos, com curadoria de Enock Sacramento, Alexandre Villas-Boas e Gilberto Vançan, no Centro Municipal de Educação Adamastor, Guarulhos – SP, em 2021; Casa Tato 4 e 5, ambas com curadoria de Rejane Cintrão, na Galeria Tato, São Paulo,em 2021; Mostra COLETIVA POLSO ALTO, na Galeria Cumaru, Brasília, em 2018; Experiência Coletiva Transforma x Transmuta, com curadoria de Juliana Freire, no Cordas Plataforma de Arte Cultura, São Paulo, em 20218; 12˚ BIENNALE D`ARTE INTERNAZIONALE, Sale de Bramante Roma, na Itália, em 2018; “Origem e o Tempo” com curadoria de Burt Sun, na Galeria Rabieh – SP Arte, SP – São Paulo; Mostra Espaço do Olhar, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, em 2017;  Feira d’arte Padova com curadoria assistida de Heloiza Azevedo, em
Padova, na Itália, em 2017; 6 Edição Parte – Feira de Arte Contemporânea, representação na Galeria Luiz Maluf, em 2017.

Tem prêmios como: Menção Honrosa – Humanitária e Social no PRÊMIO DE ARTE DE PADOVA;  Premio della Cultura della Presidenza no CIAC – CENTRO INTERNAZIONALE ARTISTI CONTEMPORANEI, em Consiglio dei Ministri, na Itália e SALA BRAMANTE – III Prêmio Arte Abstrata, em Roma/ITA.

Sobre a curadora
Rejane Cintrão é Mestre em História da Arte pela ECA-USP e pós graduada em Comunicação e Marketing pela ESPM,  é atuante na área de curadoria, produção executiva e idealização de projetos de arte contemporânea. Idealizadora do Programa Novos Curadores, realizado em 2010/2011,  foi professora convidada no curso de pós graduação de Crítica e Curadoria da PUC São Paulo em 2011; curadora executiva do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) de 1993 a dezembro de 2005; professora no curso de Artes Plásticas da Faculdade Santa Marcelina, de 1993 a 2000;  curadora assistente na XXI Bienal de São Paulo, em 1991; assessora no setor de exposições temporárias e departamento de vídeo do Museu de Arte Contemporânea da USP, de 1984 a 1991 e monitora da XVII Bienal de São Paulo, em 1983, entre outros.

Foi curadora convidada para os projetos na Torre Santander, São Paulo (de março de 2011 a março de 2014) e curadora e idealizadora do projeto de site specifics no Espaço Cultural do Hospital Edmundo Vasconcelos (de março de 2010 a março de 2014).

É consultora no Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, onde coordena as exposições e projetos culturais,  e atua como professora convidada no curso de pós-graduação da Faculdade de Belas Artes, São Paulo, desde 2013.

Entre as curadorias realizadas destacam-se: Da Arte de Expor Arte e Figuras Quase Figuras, pelo Grupo de Estudos de Curadoria do MAM; Fotografia Não/Fotografia (Museo de Guadalajara, México, 2000 e MAM-SP, 2001), Arte Concreta Paulista – Grupo Ruptura (Centro Maria Antonia, São Paulo, 2002 – exposição e livro publicado pela Cosac & Naify); 7SP no espaço CAB, Bruxelas, Bélgica (2011), com obras de Ana Elisa Egreja, Albano Afonso, Sandra Cinto, Paulo Climachauska, Rafael Carneiro, Rodrigo Bivar e Wagner Malta Tavares e as mostras O Espirito de Cada Época, realizada no IFF em 2015 e #iff2018, em 2018. Em 2020, faz a curadoria da exposição “Outras Paisagens” na Sala Temporárias do Instituto Figueiredo Ferraz.

Sobre a galeria
GALERIA TATO se firmou como um expoente para artistas efervescentes e multidisciplinares, que possuem grande afinidade com as questões atuais da arte contemporâ­nea, na sua vertente mais experimental, livre e aguçada.

Parte de uma constante reflexão sobre a realidade atual e os modos como aqueles que vivem no mundo contemporâneo são influenciados pelas questões e imagens do meio que os cercam.

A Galeria tem como principal objetivo trabalhar a inclusão de artistas no sistema da arte, com projetos expositivos, curadorias especias e na comercialização das obras. Afim de realmente dar ferramentas necessárias para os artistas a GALERIA TATO desenvolveu os programas “Casa Tato”, “Mini Casa Tato” “6×6” e “Chá ConTato”, facilitado por diferentes profissionais engajados no sistema da arte. www.galeriatato.com

SERVIÇO RÁPIDO
Exposição “BiancoNero” de Fabio Benetti
curadoria: Rejane Cintrão

visitação prorrogada: até 06/01/2024
quarta a sábado, 13h às 17h
recesso: 24/12/2023 a 02/01/2024

local: Galeria Tato
rua barra funda, 893
barra funda – são paulo – sp – 01152-000
site: https://www.galeriatato.com/
valor: gratuito

redes sociais
fabio benetti @fabbenetti
rejane cintrão @rejanecintrao
iago calegari @iagocalegari
galeria tato @galeriatato

Autor:

Erico Marmiroli

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