Sabe aquele tempero “inocente” que todo mundo adiciona nas refeições para que fiquem mais saborosas?
Todos estes realçados de sabor, geralmente contém uma substância chamada Glutamato Monossódico, que nada mais é do que uma fermentação de açúcar ou milho misturada a outros vários compostos químicos. A ideia é justamente mudar as propriedades químicas, físicas ou biológicas e tornar o alimento mais saboroso. Mas isso tem um preço alto para a nossa saúde. Esta substância está presente em temperos como caldos, sopas de pacote, patês, maionese, ketchup, molhos, macarrão instantâneo, salgadinhos, carnes e linguiças curadas ou defumadas, batata frita congelada, alimentos em conserva, além de ser também adicionado à vários produtos processados. Apesar de ser legalizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) alerta sobre os malefícios de seu consumo.
O glutamato é aproximadamente 78% de ácido glutâmico livre, 21% de sódio, e até 1% composto de contaminantes. Injeções de glutamato em animais de laboratório resultaram em danos às células nervais do cérebro (40% das pessoas que o consomem com frequência apresentam efeitos colaterais – O glutamato superexcita as células podendo causar dificuldade respiratória, dor no peito, palpitação, asma, sudorese, rubor, sensação de inchaço facial, sonolência, fraqueza, etc) A própria International Headache Society, órgão internacional responsável pela classificação das diferentes dores de cabeça, possui uma classificação ESPECÍFICA para cefaleias induzidas por glutamato monossódico.
Ao relacionar o glutamato monossódico ao ganho de peso, os cientistas chegaram a conclusão que o consumo da substância não deve ultrapassar três gramas por refeição. Contudo, as recomendações sobre a ingestão diária máxima para evitar outros efeitos colaterais ainda é inconclusiva. Tanto o acido glutâmico (ou glutamato), quanto o glutamato monossódico se convertem em glutamato livre que resulta na percepção do gosto Umami. (umami é considerado o quinto gosto básico do paladar humano – os outros quatro são doce, salgado, azedo e amargo.
O termo foi criado junto com a versão isolada do glutamato monossódico, no começo do século XX, e significa ‘saboroso’ em japonês). Ambos são percebidos da mesma maneira pelas papilas gustativas, ou seja, nosso corpo os reconhece exatamente da mesma forma. As duas principais características do sabor são o aumento da salivação e a continuidade do gosto por alguns minutos após a ingestão do alimento. E por reste exato motivo pode acabar gerando uma compulsão alimentar levando a obesidade.
O Glutamato monossódico leva à liberação de ACETILCOLINA, neurotransmissor estimulante da função muscular e inibidor da absorção de glicose por parte das células cerebrais. Seu consumo já foi associado a quadros de enxaquecas, aneurisma, asma, disfunções cardíacas, tonturas, náuseas, fadiga, dor no peito, alergias cutâneas, AVC, depressão, obesidade, demência e até doença de Alzheimer.
Existem mais de 40 compostos que apresentam o acido glutâmico, e são apresentados com outros nomes justamente para “esconder” a substância dos consumidores.
O grande problema do glutamato monossódico não é o somente seu consumo isolado, mas o fato de que ele está presente na grande maioria dos alimentos industrializados, como enlatados, conservas e comidas prontas. Esses alimentos, além do glutamato em si, contém corantes, conservantes, aromatizantes e outras substâncias que, em conjunto, são altamente prejudiciais para a saúde.
Autora:
Dra Carolina Mantelli Borges – Medica Graduada Em Endocrinologia E Metabologia- @DRAMANTELLI