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domingo, 25 de agosto de 2024

Grupo ND lança movimento ‘Oeste Nos Trilhos’ em Chapecó

Com evento que reúne as principais entidades empresariais e lideranças da região, movimento editorial mostra gargalos da agroindústria e reforça debate sobre a necessidade de ferrovias

O Grupo ND lançou o projeto ‘Oeste Nos Trilhos’ na última quarta-feira (29), na sede da emissora NDTV Record, em Chapecó, com o objetivo de levantar a bandeira da urgência de investimentos em ferrovias na região. A alternativa é vista como solução para as principais dificuldades de escoamento e importação dos produtos do agronegócio e que afetam diretamente a economia catarinense.

O encontro teve a presença de entidades representativas do agronegócio e setor cooperativo, além de lideranças empresariais e políticas do Oeste catarinense, que foram recepcionadas pelo presidente do Grupo ND, Marcello Corrêa Petrelli e pelo diretor regional do Grupo ND, Cristiano Mielczarski.

Caderno especial do jornal ND, com reportagens sobre o tema, foi distribuído aos presentes. O material revela os desafios atuais dos produtores que dependem da importação de grãos para a alimentação de bovinos, aves e suínos e que sofrem os efeitos da precariedade da rota viária catarinense. Mostra os projetos em andamento para a expansão da malha ferroviária catarinense em nível federal e estadual, além de possíveis soluções para que ocorram estes investimentos.

O projeto “Oeste nos Trilhos” tem formato multimídia e envolve todas as plataformas do grupo ND: televisão, portal de notícias na internet, jornal impresso e emissoras de rádio.  O assunto terá o envolvimento editorial da empresa nos próximos meses com uma série de ações para esclarecer a sociedade catarinense sobre a ameaça ao agronegócio pela falta de ferrovias para dar vazão à necessidade crescente de insumos para as empresas produtoras.

Queda na safra do milho

Nos últimos dez anos, os hectares dedicados ao plantio e colheita do milho em Santa Catarina encolheram em 25%. O grão é a principal fonte de alimentação de aves e suínos – produções que representam recordes de exportação para o Estado.

A queda no plantio do milho representa necessidade de importação. Atualmente, Santa Catarina consome cerca de 5 milhões de toneladas a mais do que produz. No entanto, os custos para trazer o grão de outros estados e do exterior em uma infraestrutura limitada têm aumentado e causado prejuízos aos produtores – e consequentemente, a toda economia catarinense.

Nova Ferroeste e Ferrovia do Frango

Duas ferrovias em diferentes fases de projeto aparecem como as principais alternativas para SC. A maior delas é a Nova Ferroeste, iniciativa do governo do Paraná que visa ampliar a malha ferroviária com um corredor que se inicia no Mato Grosso do Sul e corta o Oeste catarinense, passando por 66 municípios nos três estados. Ela tende a viabilizar não só o transporte de carga entre os Estados do Centro-Sul brasileiro, como também facilitar a importação e exportação através da conexão com Foz do Iguaçu, na fronteira com a Argentina. O projeto da Nova Ferroeste se encontra em fase final de licenciamento ambiental. Após obter todas as licenças, o governo do Paraná pretende leiloar a ferrovia na Bolsa de Valores do Brasil.

Já a outra obra é a chamada Ferrovia do Frango, idealizada pelo governo do Estado de Santa Catarina. Trata-se de uma rota que fará a ligação do Oeste do Estado com os portos catarinenses. Com mais de 600 quilômetros de extensão, a ferrovia visa conectar o Extremo-Oeste com o Litoral para exportação das aves e suínos. A proposta é ligar Chapecó a Correia Pinto, interligando com a Malha Sul a partir de uma nova bifurcação. A primeira etapa do projeto, que deve ligar Chapecó a Correia Pinto, terá 319 quilômetros de extensão e o Projeto Básico foi apresentado aos representantes da CRCC (China Railway Construction Corporation) em setembro deste ano. Além deste trecho, outro caminho foi apresentado e está em análise, ligando Araquari a Navegantes, com extensão de 60 quilômetros.

Autora:

Aryani Andrade

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