Pesquisa revelou que 79% dos que consomem conteúdo esportivo se sentem mais interessados em eventos que utilizam tecnologia para melhorar a experiência
Competições esportivas têm usufruído cada vez mais da tecnologia para proporcionar não apenas assertividade, mas também acessar estáticas em tempo real. Além disso, tais inovações tecnológicas possibilitam dar dinamismo às disputas e trazer experiências mais seguras e eficientes para os espectadores. Segundo a pesquisa da Virtz, o espectador hoje possui um comportamento diferente em relação ao envolvimento com conteúdo, onde 79% dos entrevistados revelaram que se sentem mais interessados em eventos esportivos quando estes utilizam gráficos de realidade aumentada, estúdios virtuais e análise de dados/replay.
Um exemplo disso é o sistema Hawk-Eye, tecnologia usada há mais de uma década em Wimbledon para revisão de decisões, serviços de rastreamento para a MLB (Major League Baseball) e recursos de vídeo para a NFL (National Football League). No entanto, talvez um dos maiores invenções que esta tecnologia ajudou a criar e provocou uma grande mudança no cenário do futebol mundial foi o Árbitro Assistente de Vídeo, conhecido pelos fãs do esporte como VAR.
No âmbito da Infraestrutura Esportiva, essa evolução também é aparente. Hoje, existem empresas que demonstram cada vez mais preocupação em fornecer condições adequadas para a prática esportiva da iniciação ao alto rendimento.
“Os grandes eventos internacionais do Esportes, sediados no Brasil nas últimas décadas, trouxeram ao país uma cultura de exigir segurança, qualidade, durabilidade, performance e conforto dos pisos esportivos. Existe uma preocupação com a longevidade esportiva dos atletas. Uma quadra poliesportiva de concreto ou asfáltica, por exemplo, não atende mais aos requisitos das normativas técnicas de absorção de impacto. As tecnologias em revestimentos sintéticos têm evoluído ao longo dos anos, ajudando tanto na prevenção de lesões quanto na formação e manutenção do desempenho dos atletas. Buscar essas adaptações e inovações está intrinsecamente ligado ao nosso propósito organizacional”, afirma Victor Schildt, Diretor da Recoma, empresa que já executou mais de 10.000 quadras poliesportivas, com mais de 44 anos de experiência no ramo.
Outra inovação são as estruturas provisórias, infraestruturas que possibilitam a montagem e desmontagem de forma rápida e econômica. Além disso, esse tipo de tecnologia é ótima por usar materiais sustentáveis, como telhado verde, madeira engenheirada e aço reciclado, fazendo com que haja a diminuição de entulhos e desperdício e, consequentemente, diminuindo o impacto ambiental.
No Brasil, por exemplo, têm se tornado cada vez mais comum o uso dessas construções sustentáveis, reduzindo o custo da obra e na manutenção de eventos esportivos, festivais, feiras, entre outros. De acordo com o U.S. Green Building Council (USGBC), o país é o quarto maior empreendedor em estruturas sustentáveis no mundo
“Tecnologias de última geração nos ajudam a melhorar as decisões sustentáveis e a aprimorar equipamentos utilizados nas construções. Estas práticas equilibram os ambientes modernos em que vivemos com as necessidades ecológicas atuais, uma vez que esse tipo de solução permite a reutilização de praticamente todo material”, pondera Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, empresa especializada em overlay
Os Jogos Pan-Americanos se tornaram adeptos desse tipo de estrutura. Na edição deste ano o evento contou com estruturas provisórias, como tendas, pisos, arquibancadas, cenografia, elétrica, iluminação esportiva, módulos, entre outras. Tendo a operação contado com mais de 500 funcionários trabalhando na montagem das estruturas, incluindo etapas como desenho, planificação, gerenciamento, logística, montagem, manutenção e desmontagem.
O mesmo processo acontecerá nos Jogos Parapan-Americanos, que ocorrem entre os dias 17 e 26 de novembro, que irão incluir diversas adaptações como a instalação de plataformas com rampas para atletas e dirigentes técnicos no campo de jogo no centro aquático, centro esportivo paralímpico e coletivo. Ademais, nas áreas comuns, todas as instalações passarão por pequenas manutenções.
“Com as estruturas móveis, cria-se a garantia de que não serão criadas áreas e arenas que deixarão de ser utilizadas na cidade após os eventos, os chamados ‘elefantes brancos’. Em geral, as estruturas móveis são utilizadas para centros de imprensa, alojamentos e arenas de esportes que sejam menos praticados no país-sede da competição, por exemplo”, finalizou a executiva.
Autora:
Daniele Ferreira