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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Biomassa de açaí

  1. Futuro energético
    Até o início da década de 1970, a crença de que a poluição era um indicador desenvolvimento de um país ainda era forte, acreditava-se que os recursos naturais eram infinitos, logo a preocupação ambiental era mínima, no geral. Tal pensamento levou ao uso de um modelo de desenvolvimento econômico desvinculado com o meio ambiente. Por conta disso, a maior parte das fontes energéticas usadas eram fontes não renováveis.
    No entanto, o aumento demográfico e o desenvolvimento de tecnologias digitais, que mudaram completamente o estilo de vida da sociedade contemporânea, fizeram crescer de forma considerável a demanda por energia elétrica, o que fez surgir a necessidade de buscar novas fontes de energia, uma vez que percebeu-se que as fontes não renováveis de energia seriam incapazes de suprir as necessidades humanas.
    Segundo a International Energy Agency (IEA), 2019, as principais matrizes de energia elétrica no planeta ainda são não-renováveis (petróleo 31,9%, gás 22,1% e carvão 27,1%). No entanto, vem sendo feitos grandes investimentos em pesquisa e implementação de energias renováveis, para que se possa substituir gradualmente as principais fontes de energia usadas atualmente. A bioenergia é uma alternativa com potencial de substituir parcialmente os combustíveis fósseis, apesar de não possuir a capacidade de solucionar totalmente o problema energético do mundo (GOLDEMBERG et al., 2008). É neste cenário que entra o propósito de produzir energia por meio de biomassa.
  1. Açaí e biomassa
    O açaí é um fruto produzido por uma palmeira popularmente conhecida como açaizeiro (Euterpe
    oleracea). É nativo do Pará, com maior ocorrência no estuário do rio Amazonas onde ocupa uma área de 10.000 km2. Ocorre também no Amapá, Amazonas, Maranhão, Guianas e Venezuela (SHANLEY; MEDINA, 2005, p. 163).
    O fruto e sua polpa são comercializados para todo o país e também para o exterior, o que torna o açaí um produto de peso na movimentação da economia da região amazônica. No processo do despolpamento do açaí, o caroço é descartado em grande parte de maneira inadequada. Sendo um grande desperdício, dado que, há potencial na biomassa do caroço do açaí para aproveitamento na produção de energia.
    Visto que o caroço do açaí é um resíduo agroindustrial danoso ao meio ambiente, usá-lo para produzir energia é favorável tanto pelo ponto de vista econômico, tanto pelo ponto de vista ambiental, uma vez que o resíduo é de fácil acesso e de baixo custo, além disso, o material eixa de causar impacto negativo ao meio ambiente, ganhando papel no desenvolvimento de um sistema mais sustentável Como a composição e a estrutura da biomassa têm forte influência na natureza e no rendimento do processo de transformação da biomassa em energia (TAMANINI; HAULY, 2004).

Autora:

Daniele Alves dos Santos

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