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sábado, 20 de dezembro de 2025

Síndrome do olho seco pode ser agravada na temporada do verão

Os olhos dos brasileiros têm sido afetados por doença silenciosa que pode causar sérias complicações. Trata-se da chamada síndrome do olho seco que atinge cerca de 30% da população, em especial adulta, e que pode ser agravada no verão.

Como o próprio nome sugere, a doença afeta a qualidade assim como quantidade da produção de lágrima, podendo, nos estágios mais graves, impedir o fechamento definitivo dos olhos.

“A síndrome do olho seco, por histórico, sempre esteve mais presente entre mulheres na menopausa e idosos, pela produção insuficiente de lágrimas. Porém, hábitos da vida contemporânea têm feito crescer os casos provocados pelo uso excessivo de telas de celular e computadores, assim como pelas condições adversas do meio ambiente”, informa diretora de Inovação do Grupo São Lucas, gestor do Hemocentro São Lucas (HSL), Júlia Pinheiro.

Segundo Júlia, no verão os efeitos do olho seco podem ser piores, pois coincide com o período de férias, no qual as pessoas passagem mais tempo usando o celular, os dias quentes fazem evaporar mais rapidamente a humidade natural dos olhos e há maior exposição da visão aos raios solares.

A diretora ressalta ainda que o calor, o vento e o ar-condicionado fazem a lágrima evaporar mais rápido, o que aumenta a ardência, a sensação de areia e o ressecamento dos olhos. Nessa fase, orienta, é importante usar o colírio com mais regularidade, evitar vento direto nos olhos e, sempre que possível, usar óculos de sol e manter boa hidratação.

“As férias de verão podem ser uma ótima oportunidade para descansar a visão da exposição excessiva às telas de computador e celular. Boa dica também é se dedicar a repouso espontâneo, mantendo os olhos fechados por alguns minutos como parte de práticas de relaxamento”, sugere.

Júlia lembra que adotar meios de evitar a síndrome do olho seco é a melhor opção, pois os tratamentos nem sempre são garantia de reversão da doença. No Brasil, o HSL e a Unifesp desenvolveram solução pioneira para o tratamento da síndrome do olho seco.

Soro autólogo é produzido com plasma

Trata-se do SoroTears®, colírio de soro autólogo produzido a partir do plasma colhido do sangue do próprio paciente. De acordo com a, a partir de prescrição médica o paciente é encaminhado para um processo semelhante ao de doação de sangue, com entrevista prévia e checagem minuciosa da qualidade do sangue quanto a existência de algum tipo de patologia.

O colírio de soro autólogo é produzido a partir do plasma colhido do sangue do próprio paciente. Para a produção do colírio será necessária a coleta total de dez tubos de ensaio secos de 8ml cada, dos quais serão extraídos o soro e também material para análises clínicas, com duração média de sete dias.

O produto final pode ser usado ao longo de três meses e deverá ser mantido em congelador, sendo que antes do uso terapêutico deverá ser transferido previamente para o refrigerador. A cada nova produção de colírio, todo o processo de coleta e segurança se repetirá.

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