Setor registra aumento de arremates, liquidez e inovação, e leiloeiros apontam tendências para o próximo ano
O mercado de leilões no Brasil consolidou um ciclo de crescimento em 2025, impulsionado pelo aumento da participação de investidores e consumidores, tanto em leilões presenciais quanto em plataformas digitais. Segundo dados da Associação Brasileira de Leiloeiros Oficiais (ASLO), o volume de arremates no país cresceu cerca de 18% em relação a 2024, com destaque para os segmentos de veículos, imóveis e bens de alto valor.
Rogério Menezes, leiloeiro oficial com 36 anos de atuação, destaca a relevância desse crescimento: “2025 mostrou que o mercado de leilões é resiliente e estratégico. Tivemos aumento significativo na quantidade de participantes, especialmente nas plataformas digitais, e isso gerou liquidez e oportunidades para empresas e investidores de diferentes portes”.
De acordo com Menezes, o faturamento em 2025 foi de expressivo, reflexo de investimentos em tecnologia, ampliação da carteira de clientes e diversificação de leilões. Para 2026, ele projeta crescimento de cerca de 30%. “Estamos planejando expandir nossa atuação, inclusive com leilões voltados ao mercado de luxo. É uma etapa inicial, mas muito promissora, pois atende investidores que buscam imóveis, veículos e bens de alto padrão”, afirma.
São Paulo e Rio de Janeiro lideram o mercado
Entre as capitais brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro concentram os maiores volumes de leilões, respondendo por mais de 40% dos arremates realizados em 2025, segundo levantamento da ASLO. Rogério explica os motivos do destaque dessas cidades: “Ambos os mercados têm uma combinação de alta densidade populacional, concentração de empresas e maior volume de bens ociosos. Isso cria competitividade, gera liquidez e atrai investidores que buscam oportunidades consistentes e seguras.”
Outras capitais e regiões metropolitanas também registraram crescimento expressivo. Brasília, Belo Horizonte e Salvador apresentaram aumento de 20% a 35% na participação de compradores em leilões digitais, reforçando a tendência nacional de expansão do setor. “O digital abriu mercados que antes eram restritos. Hoje, investidores de qualquer estado podem participar com segurança e eficiência, aumentando o movimento econômico e democratizando o acesso aos leilões”, observa Menezes.
Oportunidades e segurança
O crescimento do setor é acompanhado de desafios, sobretudo na área de segurança digital. Com o aumento das plataformas online, há risco de fraudes e cybercrimes. Rogério Menezes reforça a importância da educação do público: “Os investidores precisam sempre checar se estão em um site oficial, conferir o registro do leiloeiro e seguir as recomendações de segurança. Nós temos uma equipe que monitora constantemente possíveis golpes, e todos os sites falsos são denunciados à polícia. Transparência e credibilidade são a base do nosso trabalho.”
Além disso, o especialista aponta que o mercado de leilões é estratégico para empresas e instituições financeiras. “Cada bem leiloado não é apenas uma venda. É liquidez, recuperação de ativos e oportunidade de investimento. O setor movimenta empregos, gera arrecadação e devolve capital para a economia de forma eficiente”, afirma.
Perspectivas para 2026
Para o próximo ano, Menezes antecipa continuidade na expansão do mercado digital e maior diversificação de leilões. “O cenário para 2026 é otimista. Pretendemos aumentar nossa atuação nacional, com foco em segurança, tecnologia e inovação, e também consolidar leilões voltados ao mercado de luxo. Quem participa com conhecimento e planejamento sai na frente. O setor é resiliente, dinâmico e oferece oportunidades estratégicas para todos os públicos”, conclui.
Com investimentos contínuos em tecnologia, monitoramento de plataformas e formação de equipes especializadas, Rogério Menezes reforça seu papel como referência no mercado brasileiro de leilões, combinando pioneirismo, autoridade e visão de futuro.

