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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Niemeyer: como cinco ícones brasileiros seriam se tivessem sido criados pelo arquiteto

Uma análise feita pela Adobe Firefly mostrou como o Cristo Redentor, o MASP e outras três construções icônicas brasileiras seriam se tivessem sido concebidas no estilo niemeyeriano

Com a chegada do aniversário de Oscar Niemeyer no próximo dia 15 de dezembro, cresce o interesse em revisitar o legado do principal nome da arquitetura modernista brasileira. Se estivesse vivo, o arquiteto completaria 117 anos em 2025. 

Para entender como seu estilo poderia transformar referências históricas, uma análise feita pela Firefly, plataforma de inteligência artificial da Adobe, mostrou 5 pontos turísticos reinterpretados com o estilo niemeyeriano.

Usando diferentes modelos de inteligência artificial disponíveis dentro da plataforma, como FLUX Ultra Raw e Gemini Flash, a Firefly reinterpretou o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o Elevador Lacerda, em Salvador, o Teatro Amazonas, em Manaus e a Ópera de Arame, em Curitiba, como se tivessem sido desenhados por Niemeyer. 

Reconhecido internacionalmente pelas curvas livres e pelo concreto moldado de forma escultural, Niemeyer deixou obras que vão do Congresso Nacional ao MAC de Niterói, passando pelo Conjunto Arquitetônico da Pampulha, Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Catedral de Brasília, Memorial da América Latina, Museu Nacional da República e edifícios-símbolo espalhados por todo o país. Sua carreira inclui mais de 600 projetos no Brasil e no exterior.

A descrição do estilo usada para orientar os modelos foi baseada em estudos do Instituto e da Fundação Oscar Niemeyer e em publicações acadêmicas sobre suas principais características, como formas contínuas, ausência de ângulos rígidos, uso expressivo de concreto branco, curvas inspiradas na paisagem e integração orgânica com o espaço urbano.

A seguir, veja a foto original de cada monumento e seus arquitetos originais, seguido da versão reinterpretada em estilo modernista-curvilíneo, com explicações sobre o que mudou na visão das IAs para se adequar ao traço arquitetônico de Niemeyer.

Cristo Redentor, Rio de Janeiro (RJ)

Arquitetos originais: Heitor da Silva Costa e Paul Landowski
Estilo original: Art Déco, linhas geométricas, monumentalidade vertical e proporção clássica. Foto original (créditos): Wikimedia Commons – Christ the Redeemer (Autor: Diego Delso)
Imagem reinterpretada por IA: Firefly – modelo FLUX Ultra Raw

O que mudou: a IA substituiu a rigidez Art Déco por curvas amplas e superfícies contínuas em concreto branco, aproximando a estátua de uma peça escultural típica de Niemeyer. As dobras da túnica viraram ondas fluidas, e o corpo ganhou acabamento polido, com anatomia suavizada.

MASP – Avenida Paulista (SP)

Arquiteta original: Lina Bo Bardi
Estilo original: Brutalismo moderno, uso estrutural do vazio, transparência e grandes vãos livres.
Foto original (créditos): Foto enviada pela autora (Avenida Paulista – MASP)
Imagem reinterpretada por IA: Firefly – modelo FLUX Ultra Raw

O que mudou: mantendo a Paulista exatamente como está, a IA reinterpretou o bloco suspenso como uma grande peça curva apoiada sobre pilotis finos, substituindo o brutalismo angular por superfícies contínuas e plissadas, como se o museu fosse moldado em uma única membrana de concreto branco.

Elevador Lacerda – Salvador (BA)

Arquiteto original: Augusto Frederico de Lacerda
Estilo original: Art Déco verticalizado, com linhas retas e ornamentação geométrica.
Foto original (créditos): Wikimedia Commons – Elevador Lacerda (autor: Leonardo Bordin)
Imagem reinterpretada por IA: Firefly – modelo Gemini Flash

O que mudou: o elevador recebeu transições suaves, volumes espessos e formas fluidas, eliminando linhas ortogonais. A torre ganhou bordas arredondadas, e o bloco superior foi redesenhado com curvas contínuas, lembrando o MAC de Niterói. Todo o entorno permaneceu intacto, conforme solicitado à IA.

Teatro Amazonas – Manaus (AM)

Arquitetos originais: Celestial Sacardim e Crispim do Amaral
Estilo original: Ecletismo do século XIX, com domo de azulejos coloridos e ornamentação clássica.
Foto original (créditos): Wikimedia Commons – Teatro Amazonas (autor: Thiago Marra)
Imagem reinterpretada por IA: Firefly – modelo Gemini Flash

O que mudou: a cúpula multicolorida foi substituída por uma cobertura curva de concreto branco, e a fachada clássica virou um volume escultural contínuo, com vidros panorâmicos e traços inspirados no conjunto da Pampulha. O entorno, incluindo a praça, ficou intacto.

Ópera de Arame – Curitiba (PR)

Arquiteto original: Domingos Bongestabs
Estilo original: Estrutura tubular metálica, transparência e integração com a paisagem verde.
Foto original (créditos): Prefeitura de Curitiba / Agência de Notícias do Paraná
Imagem reinterpretada por IA: Firefly – modelo FLUX Ultra Raw

O que mudou: a estrutura metálica circular foi reinterpretada como um organismo fluido, com lajes curvas, pilotis finos e uma cobertura em formato orgânico, substituindo o aço por concreto branco contínuo. A ponte e o lago foram preservados fielmente.

Fontes:

Instituto Oscar Niemeyer

Pesquisa oficial sobre o acervo, manuscritos, conceitos e croquis do arquiteto.

Fundação Oscar Niemeyer – Documentação e análises técnicas

Reúne textos críticos, estudos sobre suas curvas, uso do concreto armado e integração com o urbanismo de Brasília.

https://www.oscarniemeyer.org.br

UNESCO – Brasília Patrimônio Mundial

Análises sobre o urbanismo e a contribuição de Niemeyer no conjunto arquitetônico da capital.

https://whc.unesco.org/en/list/445

ArchDaily – Ensaios sobre a obra de Oscar Niemeyer

Artigos críticos sobre suas curvas, a inspiração no corpo feminino, o uso do concreto moldado e iconografia modernista.

https://www.archdaily.com/tag/oscar-niemeyer

Autoria:

Bonde PR

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