Ah, o amor… O sentimento que move a humanidade desde sempre, testemunhado pelas estrelas, pela lua e pela luz do sol durante milênios. Ah, se pudéssemos lembrar o passado e presenciar a felicidade estampada nos olhos de nossos pais quando nascemos, confirmaríamos a existência do amor verdadeiro — incondicional.
Depois, ao desenvolvermos os próximos anos de nossas vidas, isto é, na jornada que atravessa a ponte entre a adolescência e a vida adulta, verificamos que o amor vai mudando de formas. Vêm as namoradas, os namorados, todos envoltos em paixão. Sim, nessa fase, o amor se mistura com paixões indescritíveis… Ora com euforia, ora como uma flecha atingindo corações diversos. Aqui, os beijos são cinematográficos, como nas telas de cinema.
Mas, quanto mais adultos ficamos, quanto mais conscientes do nosso eu, ele, o amor, muda outra vez. Nesta nova fase, ele se apresenta em sua melhor forma: abrangendo necessidades de um lar. Assim como os pássaros, insiste na necessidade de ter um ninho. Um ninho que podemos chamar de casa. E nele, ele se expande… Cria proles. Cria momentos felizes. Ele se solidifica! Não admite mais ser chamado de amor fugaz.
Nesta fase, o objetivo se transforma novamente e pode ser chamado de amor perene. Não que não haja paixão, mas aqui ela não é mais o motivo que move o relacionamento. Agora é a hora do amor cúmplice. É a hora da parceria. É a hora de construir-se juntos. É a hora em que sacramentamos que ele, o amor, não nasce sozinho. Ele, o amor, para nascer, precisa do outro. Precisa que o olhar de duas almas se cruze. É o momento em que ele surge. É o momento em que se estabelece a tão necessária parceria.
E assim, o ciclo se repete. Ao se repetir, sempre com novas faíscas que se misturam entre amor e paixão, permitindo novamente que duas almas se juntem para que a humanidade se perpetue, para que a humanidade cresça, deixando sementes em cada geração. Viva o amor! Viva sua capacidade de autossobrevivência. Sem ele, nossa espécie pereceria…
