
O Natal precede e anuncia a chegada do ano novo! A maioria dos povos, nesta data, comemora o nascimento do Salvador – o nascimento de Jesus Cristo. Uma questão da mais pura fé, um evento que se repete há mais de dois mil anos, aqui no Ocidente e em outras partes do mundo também. Mas, para mim, é só uma comemoração, porque de novo não tem nada. Tudo está igual: o sol continua sendo o rei da nossa galáxia; a lua, reverenciada pelas estrelas, continua inspirando os apaixonados e os poetas. Tudo permanece como sempre esteve, ano após ano!
Para mim, é simplesmente uma data para fazermos um balanço das diretrizes de nossas vidas. E, claro, a cada ano uma nova percepção, a cada ano um eu mais experiente. Afinal, o que vivenciamos no dia a dia nos torna seres humanos melhores – pelo menos é o que se espera dos novos relacionamentos com o mundo. Mas, para os católicos, é sim o nascimento do Messias; uma fé resiliente que ultrapassa os milênios. Existem outras religiões, com outros rituais, que devemos respeitar também. Mas, para todos, trata-se de um momento comum. É a hora de se perguntar: neste ano, atingimos nossos objetivos? Estamos no caminho certo? O que deu certo? O que deu errado? O que precisamos mudar?
Sim, é uma hora em que podemos e devemos corrigir nossa bússola da vida, se necessário. Porque o universo é o mesmo: os astros, o mar, os pássaros, enfim, a fauna e a flora estão, como sempre estiveram, à nossa disposição. Ela, a natureza, nos fornece quase tudo que precisamos. Basta olhar em nossa volta e ter a vontade de valorizá-la e preservá-la. Uma natureza bela e misteriosa para nos apoiar em cada segundo de nossas vidas. Tudo continua belo, principalmente quando o mundo se renova através das nossas crianças.
Agora, se alguns humanos querem a guerra… paciência! Não há explicação plausível para ela, nem para a miséria e a fome que se instalam e se espalham cada vez mais pelo nosso pequeno planeta. Cansei de escrever sobre as atrocidades que ainda acontecem em pleno século XXI. Cansei de ter esperança com relação à atitude dos governantes e dos poderosos dos dias de hoje. Eles desconhecem o sentido das palavras empatia e solidariedade. Eles, os poderosos e o governo, não querem que a situação mude. Sim, querem que o povo continue como vassalos, se depender deles: um povo ignorante, fácil de manipular.
Mas, como ainda tenho fé, como a maioria da humanidade, aproveito esta data para pedir ao Pai mais juízo para quem comanda e governa a maioria. Então, não se trata de comemorar um Natal e um Ano Novo que desponta, mas sim comemorar o fato de estarmos vivos. Muitos se foram, não conseguiram chegar até aqui. Portanto, vamos brindar a vida nesta pausa chamada Natal e Ano Novo: para fazer um balanço e corrigir nossa rota de vida, enquanto ainda podemos. Não sabemos até quando, nem se estaremos aqui no próximo ano novo. Amém…
