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sábado, 20 de dezembro de 2025

A bomba estourou à meia-noite!

Há muito tempo venho tentando parar de fumar. Já consegui ficar dois anos sem fumar, mas, por pura idiotice, voltei ao vício. Daí em diante, foram sucessivas tentativas breves de parar e retornos sem sentido. Na verdade, paro por uma semana e logo volto com tudo. Fumo demais… é como se eu estivesse comendo os cigarros. Meu médico da equipe antitabagismo já cansou de me alertar: “Para, meu amigo, você já está com início de enfisema.” Ele disse isso várias vezes. Amigos e familiares repetem o mesmo conselho, mas parece que não tenho ouvidos. Não escuto ninguém. O vício fala mais alto!

Vivo com medo de um infarto ou de uma veia entupida em alguma parte do meu corpo, mas não adianta. Como um tremendo irresponsável, continuo colocando esse lixo na minha corrente sanguínea. Já estou pedindo a Deus e ao meu anjo da guarda que me ajudem. Não quero deixar esse paraíso terrestre antes da hora, mas só falo. Atitude, que seria bom… nada!

Mas, na noite passada, aconteceu algo fora do comum. Acho que, pela primeira vez, meu anjo da guarda se manifestou, quase fisicamente. Caro leitor, veja o que me aconteceu. Como todos em casa são contra o famigerado cigarro, tenho que descer até a rua e fico fumando no portão. Mas ontem à noite, a vontade de fumar foi tão grande que levantei e fui, escondido, fumar na janela do apartamento. Com a cabeça para fora, completei o ritual. Guardei o isqueiro preso na cueca e, ao deitar-me novamente, esqueci de tirá-lo. Simplesmente me deitei com ele grudado ao corpo.

Conclusão: peguei no sono e, por volta da meia-noite, ouvi um estouro. Fiquei desesperado. Pensei que uma das minhas veias tinha estourado. Pulei da cama e logo percebi o que realmente aconteceu. O isqueiro, grudado no corpo, preso pela cueca – um isqueiro vagabundo, diga-se de passagem – esquentou com o calor do corpo e das cobertas e explodiu. Uma confusão! Acordei todo mundo, que, depois da explicação, caiu na risada.

Caro leitor, você, como eu, acredita que foi o anjo da guarda com um aviso direto: “Pare de fumar, seu inconsequente!” Fui para a cozinha, respirei fundo, tomei um copo de leite e voltei para a cama. Pensei: “Desta vez é um xeque-mate, essa bomba de isqueiro estourou como um aviso final e veio com chancela divina.” Não sei se é para rir ou para chorar esse incidente inusitado!

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