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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Disjuntores: Proteção Essencial em Instalações Elétricas

Você conhece bem sua instalação elétrica?

Há muitos dispositivos elétricos os quais tornam as instalações seguras, temos dispositivos para proteger o ambiente, os cabos, os equipamentos e as pessoas, futuramente falaremos de todos eles, hoje nosso foco será o Disjuntor.

Diferente do censo comum, os disjuntores foram feitos para proteger os cabos elétricos contra sobrecargas causadas por excesso de corrente elétrica e curto-circuito. Quando uma corrente excessivamente alta passa por cabo elétrico, este começa a esquentar e com o passar do tempo o calor gerado danifica a capa protetora do cabo deixando-a quebradiça, mais fina e propensa a causar incidente. É comum verificar um aumenta do consumo de energia elétrica quando o condutor chega neste estágio, visto que o cabo passa a se comportar como uma resistência, de forma similar a um chuveiro elétrico.

Mas porque isto ocorre e como resolver?

Ocorre por dimensionamento incorreto do disjuntor ou por excesso de conexões ao circuito elétrico, como por exemplo um aparelho de ar-condicionado recém instalado sem revisão do sistema. Em outras situações é feita a troca de disjuntor que desarma para um de maior carga sem trocar os cabos, o que permite que passe pelo cabo corrente elétrica maior a qual foi dimensionado. A solução é rever a distribuição de cargas dos circuitos e se o dimensionamento esta calculado corretamente.

Como funciona um disjuntor?

Em residências e comércios utiliza-se o disjuntor termomagnético, o qual é feito para proteção contra sobrecarga e curto-circuito, sendo acionado de duas maneiras:

  • Sobrecarga moderada: funcionamento térmico através de uma haste bi metálica. Quando a corrente que passa pela haste é maior que a corrente nominal, o metal presente em um lado da haste dilata mais que o metal do outro lado da haste, fazendo com que ela se arque, este arqueamento é suficiente para acionar o desarme do disjuntor. É o caso em que conseguimos acionar novamente o disjuntor e ele volta a desarmar após algum tempo.
  • Sobrecarga alta / curto-circuito: funcionamento magnético pois é necessária uma atuação rápida da proteção para evitar superaquecimento dos cabos. Quando quantidade de corrente elétrica suficientemente alta passa por uma bobina presente no disjuntor, é criado campo eletromagnético que impulsiona um pistão contra o gatilho de desarme do disjuntor. Se acionarmos novamente o disjuntor ele cai imediatamente ou da um estouro.

Nunca acione um disjuntor sem tratar a causa da queda.

Como é escolhido o disjuntor?

O projetista calcula as cargas que serão utilizadas, como chuveiros elétricos, lavadoras, etc. e com estes dados, observando as normas ele fará a distribuição da instalação em circuitos onde serão definidas as bitolas dos cabos que atenderão a cada circuito e a proteção que deve ser provisionada para cada cabo. Com estas informações e sabendo a tensão elétrica que o local dispõe, verifica-se os disjuntores que atendem aos cálculos considerando a tensão nominal de operação (Ue) a Corrente nominal (In) e a capacidade de interrupção máxima (Icu) para o caso de curto-circuito.

Também deve-se considerar a curva de atuação do disjuntor (relacionada à energia que ele deixa passar) visto que em alguns casos é interessante que o disjuntor não atue instantaneamente a fim de minimizar desarmes constantes:

Curva B: Corrente de 3 a 5 x In. Ideal para cargas resistivas, como iluminação e aquecedores, onde os picos de corrente são baixos.

Curva C: Corrente de 5 a 10 x In. Comum em motores, transformadores e cargas indutivas, que geram picos de partida moderados.

Curva D: Corrente de 10 a 20 x In. Utilizada em equipamentos com altos picos de partida, como transformadores de solda, bombas ou compressores, onde a corrente de partida é elevada e depois tende a estabilizar.

Como descubro qual disjuntor esta no meu quadro elétrico?

Ao visualizarmos um disjuntor instalado conseguimos observar algumas informações importantes, conforme a imagem abaixo, temos:

Dica técnica: Os termos “voltagem” e “amperagem” apesar de usuais não são reconhecidos tecnicamente, sempre que possível utilize corrente elétrica para “amperagem” e tensão para “voltagem”.

Ok, mas eu vi que existem disjuntores únicos e outros já estão em bloco, por quê? Para comércios e residências os circuitos elétricos podem ser monofásicos (fase + neutro), bifásicos (2 fases e neutro) e trifásicos (3 fases e neutro). Todo quadro elétrico precisa ter proteção geral, esta proteção sempre irá interromper todas as fases que chegam à instalação ao mesmo tempo, desta forma temos disjuntor monopolar para sistemas monofásicos, bipolar para sistema bifásico e tripolar para o trifásico. Em geral o Neutro não pode ser interrompido, assim este circuito não passa por um disjuntor.

Guilherme Broilo
Guilherme Broilo
Profissional com mais de 10 anos de experiência combinando profundos conhecimentos técnicos em engenharia elétrica, automação industrial e gerenciamento de obras com sólida atuação comercial em vendas B2B. Expertise em análise de dados, gestão de carteira de clientes e negociação com fornecedores. Busco unir engenharia, gestão e estratégia comercial, trago visão analítica, foco em resultados e capacidade de adaptar soluções técnicas ao negócio. Sempre aberto a inovação, novos desafios e oportunidades que conectem tecnologia, eficiência operacional e crescimento sustentável.

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