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terça-feira, 28 de outubro de 2025

Marrocos e Brasil entre os dez principais países atraentes de Investimento Estrangeiro Direto (IDE)

O relatório divulgado pela The African Exponent, plataforma de classificações e análises económicas, sublinhou esta semana passada, sobre o Marrocos e o Brasil. Considerando-os um dos países do cone sul, os mais atraentes dos investimentos estrangeiros.

 O Marrocos tem atraído 1,64 bilhão de dólares  de investimento estrangeiro direto ao longo do ano passado, trata-se de um aumento de quase 55% em relação a 2023, comparando com o  investimento estrangeiro direto do Brasil, acrescido de US$ 8.320 milhões em julho de 2025; tendo a média de US$ 4.049,08 milhões de 1995 a 2025, constituindo um recorde de US$ 16.274,73 milhões em dezembro de 2010, contra um recorde de baixa de US$ -5.178,11 milhões em dezembro de 2021.

Tal comparação com Marrocos, país do norte da África com características diferentes,  foi classificado, porém, na posição do décimo lugar em termos de entradas de capital estrangeiro para países africanos.

Este relatório internacional, tratou do aumento de investimentos, objeto do fortalecimento do estoque interno de investimento estrangeiro direto no Marrocos,  seja aproximadamente 61,5 bilhões de dólares até o final de 2024, traduzindo uma crescente confiança de investidores na estabilidade macroeconômica e reformas políticas.

Os meios de atratividade de Marrocos residem em grande parte na diversificada base industrial, ao polo de manufatureiro, e das cadeias de valor automotiva, eletrônica e de componentes.

Tal proximidade geográfica do Marrocos com a Europa, fronteira atlântica com  Brasil e Estados Unidos,  conferindo-lhes inúmeras vantagens logísticas, e infraestruturas capazes de alimentar estratégicas e projetos de energia renovável e de transição energética, motivo de atratividade do Reino e do Brasil, para aumentar os  investimento estrangeiro.

Diante de tudo isso, estrategistas de investimentos estrangeiros apontam  fatores humanos e geográficos, perante a posição estar bem debaixo do seu pico histórico, em termos de circunstâncias e condições ambientais,  meios de impulsos, base sobre o qual o país apoia para aprofundar as reformas, simplificar os procedimentos administrativos e aprimorar a conectividade regional e internacional.

Plataforma africana

A plataforma African Exponent constitui o meio para avaliar o fluxo de investimento na  África, através  do patamar de atração de investimentos, com mais de 97 bilhões de dólares para os investimentos estrangeiros diretos, 2024, refletindo um aumento anual de 75%, de acordo com os últimos dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a título do  Egito,  dominando os fluxos de investimento com mais de 46 bilhões de dólares, juntamente com outros países do norte da África, dos quais Marrocos.

Esses números traduzem, por outro lado, a mudança no cenário de investimentos, em relação aos países africanos, sem meios de competir, ou de atrair capital, dadas transições energéticas globais, modernização da infraestrutura e fortalecimento das cadeias de valor industriais.

Marrocos e Egito formam a lista da plataforma, junto com  outros países, como Gana, posicionados no nono lugar na África, atraindo 1,67 bilhão de dólares em termos de investimento estrangeiro direto (IED), em 2024.

O Senegal tem atraído mais de 2 bilhões de dólares em IED, graças a sua posição como polo de investimento emergente na África Ocidental, atribuído a energia e infraestrutura.

A Namíbia ficou em sétimo lugar, atraindo mais de 2 bilhões de dólares em IED, sobretudo no setor de energia verde e cadeias de valor mineral.

A África do Sul e República Democrática do Congo, os quais vieram em seguida, atraindo 3,11 bilhões de dólares no final do ano passado, face aos riscos associados à instabilidade política, infraestrutura precária e incerteza regulatória.

Para a Costa do Marfim, ela ficou em segundo lugar, atrás do Egito, com aproximadamente 3,8 bilhões de dólares em IED, comparando com os países lusófonos, Moçambique, Angola e Guiné Bissau, mantendo no terceiro, quarto e quinto lugar com demais pais, caso de Uganda, atraindo  3,55 bilhões, 3,31 bilhões e 2,21 bilhões  1,56 bilhões de dólares, respectivamente.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, pesquisador dos assuntos sobre Mercosul, Brasil e Marrocos

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