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sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Leilão da “Casa da Hebe” segue suspenso por decisão provisória, mas caso avança para a esfera criminal

Até a definição pelo Tribunal, Polícia Federal apura suspeitas ligadas a Corema S.A., Lélio Ravagnani Filho e estruturas “offshore”

O leilão do imóvel conhecido como “Casa da Hebe” permanece suspenso por decisão judicial de caráter provisório. Enquanto o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não profere decisão definitiva sobre a alienação, a casa permanece totalmente abandonada, sem manutenção e com um débito de IPTU que chega a 1.5 milhão de reais. Além disso, tornou-se um ambiente hostil, encoberto por matagal e alvo de constantes invasões, conforme relatam moradores da rua que – “vez e outra” – são obrigados a ligar para a Polícia Militar.

 Mas o caso que envolve a família de Lélio Ravagnani — casado com a saudosa apresentadora – e que figurou como figura importante na trajetória televisiva de Hebe transborda agora para a seara criminal.

A execução cível que originou a penhora do imóvel foi promovida por WV Soluções Logísticas Ltda em face da Corema S.A. – Empresa de Comércio e Exportação, sociedade que pertenceu ao marido de Hebe e, após o seu falecimento, foi presidida por Lélio Ravagnani Filho – enteado da apresentadora, que acabou tornando-se também réu no processo.

O processo já repercutiu amplamente na mídia em razão da penhora do imóvel em que viveu Lelio Ravagnani e Hebe Camargo, mas que agora recebeu um novo capítulo na órbita criminal.

Isso porque, no curso do processo, vieram à tona ramificações empresariais e relações da Corema S.A. e da família Ravagnani com “offshores”, gerando suspeitas de evasão de divisas e lavagem de capitais, agora apuradas pela Polícia Federal em inquérito recém-instalado, sob a titularidade do delegado federal, Alberto Queiroz Navarro (DELECOR/SP), conhecido por atuar em procedimentos relacionados à Operação Lava Jato. (Poder360 / lula.com.br /protocolointegrado.gov.br)

E o que está em jogo?

Além do interesse público e cultural associado ao imóvel que depende de uma decisão judicial para sofrer destinação, o caso judicial ramificou-se em duas frentes, cível e criminal: de um lado, a discussão sobre a expropriação judicial da famosa casa para adimplir dívida da Corema S.A. e de Lelio Ravagnani Filho; de outro, a investigação sobre eventuais ilícitos financeiros conectados a Corema S.A. e a seus desdobramentos sobre a família Ravagnani.

O inquérito – recém instaurado – seguirá com diligências sob a alçada de unidade especializada da PF (Delecor — Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros)

É por isso que o leilão está suspenso provisoriamente e as apurações civis e criminais seguem em curso, sob o crivo das instituições, com transparência e respeito às garantias legais.

Alerta-se que todos os fatos de natureza penal ainda estão sob apuração e que não há culpados predeterminados, vigorando a presunção de inocência até decisão transitada em julgado.

As informações aqui veiculadas referem-se a atos judiciais públicos e a medidas investigativas em curso.

Autora:

Maria Clara 

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