Hoje em dia, a palavra indignação é muito usada, mas pouco praticada na vida real. Sentimos revolta diante de uma injustiça, que dura poucos minutos, e logo nos silenciamos. Esse silêncio diante da injustiça nos torna cúmplices.
O silêncio que nos torna cúmplices
Essa é uma afirmação pesada, mas convido você a refletir profundamente, em silêncio, sobre essa verdade. Ao navegar em jornais online, noticiários na TV ou no feed das redes sociais, é quase impossível não encontrar notícias, fatos e situações que despertam raiva e indignação. No entanto, muitas vezes, nosso limite é apenas esse sentimento: indignação momentânea, seguida do silêncio e da inércia.
A responsabilidade social
Como sociedade, não deveríamos nos calar diante das injustiças, nem ser egoístas a ponto de pensar “não é comigo, não está afetando minha vida”. Precisamos agir quando presenciamos maus tratos a profissionais do dia a dia — caixas de supermercado, seguranças, jovens aprendizes, zeladores, motoristas, entregadores.
O apelo à ação
Devemos nos revoltar contra o racismo, independentemente da nossa cor ou origem. Não podemos nos calar diante dos preconceitos contra a orientação sexual. Somos todos humanos, e o silêncio diante dessas injustiças nos torna cúmplices, querendo ou não.
Reflexão pessoal e coletiva
Duvido que você, caro leitor, nunca tenha presenciado algo assim. Aquela pessoa agredida poderia ser sua mãe, sua filha, seu pai ou alguém que você ama. Por que assistimos calados em vez de intervir, ajudar, pôr fim à humilhação?
Exemplos de injustiça cotidiana
Casos como o desvio de dinheiro do INSS, que afetam milhares de idosos, mostram que a sociedade muitas vezes aceita o silêncio coletivo. Pessoas morrem em filas de hospitais, como se isso fosse algo normal. Maridos que agridem esposas, roubos nas ruas, corrupção de políticos: tudo isso ocorre e muitos assistem calados, tornando-se cúmplices indiretos.
Conclusão: O poder da escolha
Se agora bate em seu peito uma raiva, uma indignação verdadeira, saiba que não é necessário ser super-herói para mudar algo. A mudança começa quando começamos a pensar coletivamente, no espaço em que vivemos, e escolhemos agir, não nos calando.
Perdemos humanidade quando assistimos a essas injustiças e não fazemos nada. Hoje, pode parecer que nada nos afeta, mas amanhã, pode ser você ou alguém que você ama enfrentando essa dor sozinho.
Eu mesmo já me calei muitas vezes, já fui cúmplice, tudo que descrito acima serve para mim.
O poder de escolha está em nossas mãos. Calar-se diante da injustiça é escolher ser cúmplice.
Escolha agir.

