Grey’s Anatomy é muito mais que uma série médica: é uma epopéia contemporânea sobre o que significa ser humano quando sangra, perde, ama e reconstrói, tudo entre bisturis e prontuários. Lançada em 2005, sob direção criativa de Shonda Rhimes e celebrando suas duas décadas no ar, a série acumula 22 temporadas até 2025, mantendo seu imenso apelo popular e relevância cultural. Todas as temporadas anteriores estão disponíveis no catálogo do Disney+, enquanto a 22ª temporada estreou nos Estados Unidos em 9 de outubro de 2025 na ABC, com exibição no Brasil prevista para o Sony Channel e para o UOL Play em breve. Nos Estados Unidos, os episódios recentes também são disponibilizados para streaming na Hulu, uma plataforma associada ao Disney+.
Desde o início, acompanhando Meredith Grey e um grupo de internos e atendentes do hospital fictício Grey Sloan Memorial (antes Seattle Grace), somos convidados a testemunhar cirurgias de corpos e, principalmente, cirurgias de almas. Casos médicos servem de metáfora para os dramas dos personagens — a bomba não detonada no peito, o tiroteio, a morte repentina — tudo é sofrimento narrado com a plasticidade de quem entende que o hospital vira campo de batalha existencial, palco de recomeços e catástrofes cotidianas.
É impossível não se perder nos triângulos amorosos, nas amizades profundas, nas traições e reconciliações. Cada episódio é um convite para refletir sobre o quanto nosso próprio cotidiano é feito de decisões urgentes, cicatrizes invisíveis e, às vezes, um certo heroísmo disfarçado de rotina.
Grey’s Anatomy se tornou objeto de reverência pop e fonte inesgotável de memes e discussões — afinal, quem nunca se viu torcendo por um personagem como se fosse colega de trabalho? Além do entretenimento, a série convida à reflexão sobre ética, cuidado, impermanência e o poder transformador da empatia diante do sofrimento. Vinte anos depois, “Anatomia” permanece relevante ao investigar, entre uma cirurgia e outra, o que é preciso para sobreviver quando tudo ao redor parece pronto para desmoronar.
A mais recente 22ª temporada chega com a tradição intacta: cheia de emoções intensas, conflitos delicados e mistérios prestes a serem desvendados, tudo começando no aftermath da explosão no Grey Sloan Memorial. Nesta temporada, Jo está grávida de gêmeos e em perigo, Link enfrenta riscos após o tiroteio, e Meredith volta com força – inclusive com a possibilidade de maior participação da atriz Ellen Pompeo, embora de modo ainda esporádico, confirmando seu status de pilar da série. São 18 episódios que prometem manter o drama hospitalar em alta tensão, com romances intensos, dilemas éticos e o caos emocional que estabeleceu o DNA de Grey’s Anatomy. A temporada foi lançada nos EUA em 9 de outubro de 2025, com previsão para o Brasil em breve pelo Sony Channel e transmissão simultânea no UOL Play, mantendo todas as temporadas anteriores disponíveis no Disney+.
Nota: 9/10. Um milagre pop, entre dor e ressurreição, onde o bisturi é só mais uma metáfora para o que realmente importa: seguir em frente.

