Após realizar, no dia 21 de setembro, um evento no Hotel Fasano em São Paulo que reuniu mais de 60 empresários e contou com forte presença da imprensa, Rodrigo Paiva, presidente do LIDE Emirates, concedeu entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Entre os convidados estava Rasha Hassan, CCO da Beyond by Omniyat, reforçando a importância do encontro para fortalecer relações entre Brasil e Emirados Árabes Unidos. Na entrevista, Paiva destacou o trabalho incrível que vem realizando pelo fortalecimento da economia brasileira e pela promoção de alianças estratégicas entre os dois países.
Segundo Paiva, os aportes de países árabes no Brasil tendem a crescer de forma acelerada e podem dobrar em menos de uma década. Atualmente, a balança comercial entre os dois países soma cerca de US$ 5 bilhões, com maior parte vinculada ao agronegócio. A meta é elevar a relação bilateral para US$ 10 bilhões até 2030, com o LIDE Emirates pretendendo responder por pelo menos 30% desse volume. “O mundo árabe está se tornando o centro global de negócios e o Brasil tem condições de ser um parceiro estratégico nesse processo”, afirmou.
Os investimentos estão concentrados em setores estratégicos como agronegócio, energia renovável, mineração, infraestrutura logística, turismo e mercado de luxo. Paiva ressaltou que o ingresso de países árabes no bloco BRICS fortalece a integração econômica. “Estar no BRICS facilita o diálogo e amplia as oportunidades de negócios entre empresários árabes e brasileiros”, pontuou.
Nos últimos oito meses, o LIDE Emirates fomentou mais de R$ 1 bilhão em novos negócios entre os dois mercados. Entre os aportes em andamento estão iniciativas em biometano, lideradas pelo fundo soberano Mubadala, que já comprometeu mais de US$ 10 bilhões no Brasil, além de negociações em inteligência artificial e mercado imobiliário de luxo.
Paiva destacou ainda que Dubai e Abu Dhabi vêm se consolidando como hubs financeiros globais e ampliando investimentos em sustentabilidade e tecnologia. O maior painel solar do mundo, localizado em Dubai, exemplifica a mudança na matriz econômica da região, que reduziu a dependência do petróleo de 50% para apenas 5% do PIB local.