Depois do sétimo dia,
logo após a sobremesa com caldas de morango,
Deus olhou-me e disse:
vou desenhar seu presente.
Ele olhava a natureza,
rabiscava ao som do mar.
Às vezes fitava o horizonte,
como quem busca inspiração.
Sua mão não pintava:
delineava no vento,
como se lesse meus pensamentos.
Sorriu.
E num estalar de dedos,
apareceu você.
Ele não desenhou a oitava maravilha do mundo:
esculpiu o amor.
O poeta do lago
Nascendo um mundo melhor