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domingo, 28 de setembro de 2025

Cinema: Mortal Kombat (2021): um reinício que divide opiniões

“Mortal Kombat” (2021), dirigido por Simon McQuoid, é uma tentativa ambiciosa de atualização para os cinemas uma das franquias mais brutais e icônicas dos videogames. Disponível atualmente na HBO Max, o filme busca equilibrar referências que os fãs mais antigos liberam de imediato com uma roupagem atualizada para conquistar novos públicos. A trama apresenta Cole Young, um personagem criado para o longa, que serve de fio condutor para apresentar guerreiros que carregam a marca do dragão em um torneio onde a sobrevivência e a luta são a única linguagem possível.

O maior mérito do filme são as cenas de luta, sem dúvida. O diretor não economizou em coreografias que remetem diretamente aos golpes e fatalidades que se tornaram símbolo da franquia. O duelo entre Sub-Zero e Scorpion já nasceu clássico e entregue justamente o que se espera de um Mortal Kombat: violência estilizada, efeitos visuais eficientes e aquele exagero quase cartunesco. Por outro lado, o roteiro é irregular e deixa lacunas que dificultam a influência de quem esperava uma narrativa mais coesa. Cole Young, embora seja um artifício para dar frescor à trama, acaba se tornando um personagem sem o mesmo carisma dos ícones do jogo.

Ainda assim, é injusto ignorar o esforço. “Mortal Kombat” cumpre seu papel de introduzir novos espectadores ao universo, explicando em tom didático as regras do torneio e preparando terreno para algo maior. Não é um filme que se leva tão a sério, mas também não pretende ser apenas piada. Seu tom híbrido — ora sombrio, ora divertido — reflete bem a essência do jogo que mistura o grotesco com o exagerado.

E a boa notícia é que a história não para por aqui: ainda este ano estreia a aguardada sequência, “Mortal Kombat 2”, prometendo expandir o universo e dar mais espaço a personagens que ficaram em segundo plano no primeiro capítulo. Resta ver se dessa vez a franquia encontrará o equilíbrio entre espetáculo visual e uma narrativa consistente que faz apenas ao legado dos jogos.

Nota: 6,5/10.

Manuel Flavio Saiol Pacheco
Manuel Flavio Saiol Pacheco
Doutorando e Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestre em Justiça e Segurança pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Especialista em Desenvolvimento Territorial pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).. Possui ainda especializações em Direito Tributário, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Docência Jurídica, Docência de Antropologia, Sociologia Política, Ciência Política, Teologia e Cultura e Gestão Pública e Projetos. Graduado em Direito pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Advogado, Presidente da Comissão de Segurança Pública da 14º Subseção da OAB/RJ, Servidor Público.

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