No próximo dia 4 de setembro (quinta-feira), a Galeria de Artes Candido Mendes, em Ipanema, abre suas portas para a exposição individual do artista carioca Benjamin Rothstein, “A Dois”, com apoio da artista plástica Denise Araripe, curadora da Galeria de Artes Candido Mendes. A mostra reúne 20 pinturas inéditas, em técnicas variadas, que marca um ponto de virada na trajetória desse pintor carioca, com mais de uma década de trabalhos artísticos. Daniele Machado, mentora e crítica dessa exposição, faz de sua curadoria um gesto de pertencimento e de diálogo com a exuberante exposição de trabalhos de @benjaminrothstein, que estará aberta ao público na Rua Joana Angélica, 63, Ipanema (RJ), de 4/9 a 27/9, de segunda à sexta-feira, das 14h às 19h, e sábado, das 14h às 18h. Entrada franca.
Daniele Machado, mentora e crítica da exposição, destaca a importância dos trabalhos de Benjamin Rothstein

“Rothstein figura em uma tradição pictórica que tem o diálogo com o espectador como parte do conceito da obra. Essa relação será a temática da presente exposição. Oscilando entre a abstração e a figuração, o pintor toma a forma como um elemento poético, desfazendo-a e reconstruindo-a entre as áreas de cada composição, inclusive resguardando o vazio como uma articulação para a elaboração do ritmo”, explica Daniele Machado.
Denise Araripe também está otimista sobre o sucesso da exposição “A Dois”, de Benjamim Rothstein

“Esse percurso nos lembra o paradoxo agostiniano: o tempo não existe fora de nós; ele é medido pela memória que guardamos, pela atenção que prestamos e pela esperança que projetamos. Assim, esta exposição não se lê como cronologia, mas como experiência temporal interior”, completa Denise Araripe, curadora da Galeria de Artes Candido Mendes. O espectador, longe de ser passivo, é convocado a abandonar a mera contemplação e assumir um papel ativo diante das obras — como se cada tela fosse uma armadilha poética preparada para deslocar certezas e abrir novas percepções.
A arte, dizia Érico Veríssimo, é “um modo de acrescentar vida à própria vida”. Pai e filho nos influenciam sempre, a cada dia.
“Somos feitos de restos, de retalhos do que vimos, do que sonhamos”, escreveu certa vez Luiz Fernando Veríssimo. A pintura de Rothstein parece dialogar com essa ideia: fragmentos que se encontram na tela e, ao se encontrarem, inventam novos sentidos. A curadoria de Denise Araripe ressalta essa dimensão processual e viva, destacando a diversidade técnica sem perder a coerência poética que atravessa toda a produção do artista Benjamin. O resultado é uma exposição que, mais do que mostrar pinturas, propõe uma experiência de deslocamento e reconstrução de sentidos.
Autor:
Alberto Corona