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sábado, 2 de agosto de 2025

Ultrassom ginecológico: exame de rotina pode identificar doenças graves, mesmo sem sintomas

O ultrassom ginecológico é um dos principais exames de imagem na saúde da mulher, capaz de fornecer informações detalhadas sobre o sistema reprodutor, mesmo em fases assintomáticas. Além de contribuir para diagnósticos preventivos, o exame permite a descoberta de alterações que ainda não se manifestaram clinicamente, mas que podem se tornar mais graves se não forem acompanhadas.

O ultrassom deve fazer parte das consultas de rotina, independentemente da presença de sintomas. “Muitas condições ginecológicas se desenvolvem sem causar sinais perceptíveis no início, como cistos ovarianos, miomas uterinos, endometriose e até gravidez ectópica. Com o ultrassom, conseguimos detectar essas alterações antes que se agravem”, afirma o Dra. Adriana Campagner, ginecologista do Lavoisier, marca da Dasa em São Paulo.

Entre os achados mais comuns estão os cistos ovarianos, que podem ser monitorados com segurança para evitar complicações como a torção do ovário. Os miomas uterinos, embora benignos, também são frequentemente detectados, sendo que podem crescer, causar sangramentos intensos ou impactar a fertilidade.

A contribuição do exame na detecção de endometriose profunda também é um destaque. “O ultrassom transvaginal com preparo intestinal — que melhora a visualização da pelve — é fundamental para identificar lesões que não causam sintomas claros, mas podem comprometer a fertilidade da paciente”, explica a Marcia Felician, ginecologista do Delboni e Salomão Zoppi.

Os principais tipos de ultrassom ginecológico são:

·         Ultrassom pélvico (ou transabdominal): realizado com a paciente deitada, após aplicação de gel na região pélvica. Um transdutor é deslizado sobre a pele para captar imagens. Costuma exigir a bexiga cheia, o que melhora a visibilidade dos órgãos. É indicado para avaliar útero, ovários e trompas, acompanhar a gestação e investigar a presença de massas pélvicas.

·         Ultrassom transvaginal: feito com a introdução de um transdutor lubrificado na vagina, geralmente com a bexiga vazia. Gera imagens detalhadas dos órgãos internos e é eficaz na investigação de condições como pólipos intrauterinos, localização do DIU, cistos ovarianos, miomas, dilatação das tubas, bem como endometriose e possíveis causas de sangramento uterino anormal (SUA).

·         Ultrassom transvaginal com preparo específico para endometriose: requer um preparo intestinal que permite uma avaliação mais precisa da localização e profundidade das lesões de endometriose.

“Todos os tipos utilizam um dispositivo chamado transdutor, que emite ondas sonoras convertidas em imagens em tempo real. Trata-se de um exame seguro, indolor e livre de radiação, indicado para mulheres em todas as fases da vida, inclusive durante a gestação”, explica Adriana.

O ultrassom também é útil na avaliação de alterações anatômicasou de inflamações pélvicas, que podem interferir na fertilidade e causar complicações se não forem detectadas precocemente. Outra função importante é o rastreamento de nódulos ou massas pélvicas com potencial maligno, o que reforça seu papel na medicina preventiva.

Para os especialistas, o exame é essencial na rotina de cuidados com a saúde feminina. “Ele é a chave para detectar patologias em estágio inicial. Quanto antes as identificamos, maiores são as chances de tratá-las de forma menos invasiva e com melhores resultados”, conclui Marcia Felician.

Autora:

Mariana Bego

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