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sábado, 9 de agosto de 2025

Marrocos e Brasil, do produto Carne ao Café

Marrocos e Brasil voltam a ser  manchetes dos jornais nacionais e internacionais, coincidindo com as férias de verão, e a volta dos marroquinos residentes no exterior, Espanha, França, Portugal, Bélgica e Alemanha, sobre a instabilidade dos preços dos produtos de base, carne e café, importados geralmente do Brasil; Espanha ou África, atrás da política restricionista do  presidente Donald Trump, ligada às altas taxas alfandegárias, variando entre 24-45%, e afetando diretamente os níveis dos preços no mercado internacional; consequência de aumento dos preços no mercado Marroquino.

Tais  flutuações na bolsa do Café e preços de Carne, instável no Mercado marroquina, puxado por alto, explica a preocupação  das cafeterias marroquinas?

Os donos de cafeterias e restaurantes marroquinos acompanham as flutuações nos mercados internacionais de café, decorrendo da queda das exportações do maior produtor mundial,  Brasil, devido às provocações alfandegárias dos Estados Unidos, afetando diretamente as importações em geral.

Esta situação instável do mercado internacional,  continuando a impactar as exportações brasileiras, as importações marroquinas, dada diversificação dos mercados da África Subsaariana, do Brasil, da Colômbia e entre outros, impactando o nível dos preços das cafeterias e restaurantes marroquinos, e aumento substancial no mercado nacional e regional.

O mercado internacional de café conheceu uma queda significativa desde abril, alterando o nível dos preços no mercado local, mantidos em alta, diante de empresas que  recusam diminuir os preços, tal situação é muito semelhante no setor de combustíveis.

Essa discrepância entre os preços internacionais e locais, levantam questões sobre os mecanismos de precificação e grau de comprometimento dos fornecedores com os desenvolvimentos internacionais?.

Lembra-se  da tensão alfandegária entre o Brasil e os Estados Unidos; longe de se apaziguar no meio da diversificação dos fornecedores dos quais anota-se marroquinos, europeus ou africanos.

No entanto, a queda nas exportações do Brasil, o maior produtor mundial do café, inevitavelmente vai impactar as importações e, consequentemente, os preços do cafés e dos restaurantes marroquinos.

O Marrocos depende do café tipo Robusta,  importado de vários países, mas também do Brasil, dada a diversidade dos fornecedores, o que continua a surtir efeitos sobre mudanças ou alterações  que conhecem as exportações brasileiras, impactando o mercado marroquino.

Chamando no contexto internacional de precificação do café, em linha com a queda registrada no mercado internacional, reduzir o imposto sobre o café, facilitar o processo de redução de preços no mercado local e garantir aos consumidores o acesso a produtos a preços justos.

Esperando que os preços globais do café caiam, para refletir no mercado interno, a verdadeira realidade econômica, longe dos efeitos indesejáveis de vários meses, e sentidos sobre consumidores.

Tal preocupação parece lenta devido a transmissão dos impactos sobre os preços, tornando-se a situação semelhante à que ocorre no setor de hidrocarbonetos.

O Brasil, como maior produtor mundial de café, ocupa uma posição importante na cadeia de suprimentos do Marrocos, uma vez que os fornecedores marroquinos diversificam seus parceiros, importadores do café de vários países. Essa diversidade reduz relativamente os riscos associados à dependência de uma única fonte.

Diante disso, a queda das exportações brasileiras para Marrocos, afeta os fornecedores marroquinos, e consequentemente os preços no mercado interno. Anotando que os preços globais do café subiram esta semana, devido a interrupção do Brasil em relação aos Estados Unidos, após as tarifas de 50% impostas pelo governo Trump sobre produtos brasileiros.

Os contratos futuros de café arábica na bolsa Intercontinental subiram 3,9%, atingindo 3,0935 US$  por libra-peso, seu maior nível em três semanas e um ganho semanal de quase 8%.

Finalmente, o mercado americano depende do Brasil para cerca de um terço de suas necessidades de café, os estoques aprovados na bolsa tinham caído para o menor nível em mais de um ano, enquanto o café robusta subiu  de 3,9%, ou seja 3.510 US$ por tonelada.

Autor:

 Lahcen EL MOUTAQI                                                                                           

Professor universitário, Pesquisador dos assuntos do Mercosul, Brasil e Marrocos

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