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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Juros altos favorecem renda fixa: a importância de diversificação de investimentos após decisão do Copom

A manutenção da taxa Selic em 15,00% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) mantém o custo do crédito em patamar elevado, mas também abre uma janela estratégica para quem busca diversificar investimentos. 

O comunicado pós-reunião reforçou que a política monetária seguirá em território restritivo por um “período bastante prolongado”, citando que a inflação segue acima da meta e que o mercado de trabalho permanece aquecido. O documento também destacou que o cenário global está “mais adverso e incerto” e que o Banco Central acompanhará de perto os impactos das tarifas norte-americanas sobre a economia brasileira.

Para o economista Rodolfo Margato, o tom da comunicação foi neutro, sem novidades capazes de mudar a expectativa do mercado. “Projetamos Selic estável em 15% até o fim de 2025 e início do ciclo de cortes apenas em janeiro de 2026, com a taxa chegando a 12,5% no início do segundo semestre do próximo ano”, afirma.

Na avaliação de Renato Sarreta, líder da XP no Sul, o impacto da Selic é negativo, especialmente, para o agronegócio. “A Selic em patamar elevado encarece linhas de crédito rural e financiamento de máquinas e insumos. O agronegócio do Estado pode adiar investimentos em tecnologia e expansão com o custo do crédito nesse nível”, observa.

O executivo reforça, ainda, que uma vez encerrado o ciclo de alta da taxa Selic, alinhados ao time alocação, será crucial para os investidores manterem carteiras equilibradas entre todas as classes de ativos, porém, ainda com uma maior exposição em renda fixa, mix entre ativos pós-fixados, de inflação e prefixados. Bruno Vargas, que lidera a XP no Rio Grande do Sul, enxerga o cenário com cautela e seletividade para calibrar a exposição a diferentes riscos (de crédito, de prazo e de oscilações de mercado). “Ainda enfrentamos incertezas macroeconômicas e geopolíticas globais no curto prazo, além de desafios políticos e fiscais no Brasil.”, diz.

Autora:

Ana Paula Melo

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