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sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Impacto da circulação de vírus lentogênicos da Doença de Newcastle

Mesmo em ambientes livres da forma clássica da doença, a replicação viral no trato respiratório continua sendo uma ameaça real ao desempenho produtivo das aves
Paulínia, 21 de agosto de 2025 – Na avicultura moderna, o controle da Doença de Newcastle é tratado como uma prioridade sanitária global. Embora o Brasil seja reconhecido internacionalmente por manter sua avicultura comercial livre de surtos clínicos da forma velogênica da doença, a ameaça não foi eliminada, ela permanece constante devido à variedade de espécies silvestres portadoras do agente viral.
“Hoje, o maior desafio é o invisível”, afirma Tharley Carvalho, Gerente de Marketing Aves de Ciclo Curto da Ceva Saúde Animal Brasil. “As cepas lentogênicas do vírus de Newcastle, frequentemente subestimadas, continuam circulando em ambientes de produção, muitas vezes originadas de aves silvestres, de fundo de quintal ou mesmo derivadas de vacinas vivas convencionais. Elas impactam diretamente a saúde respiratória das aves e comprometem indicadores zootécnicos sem que o produtor perceba imediatamente.”
As manifestações clínicas das cepas lentogênicas podem ser brandas à primeira vista, como espirros, leve secreção ou queda discreta no desempenho. No entanto, explica o porta-voz, em granjas com presença de poeira, amônia ou oscilações de temperatura, esses sintomas se intensificam e provocam efeitos econômicos relevantes, tais como: a redução de peso ao abate, a piora na conversão alimentar e/ou o aumento na condenação de carcaças por aerossaculite. Ainda, deixa mais susceptível as células respiratórias à replicação dos vírus de Bronquite infecciosa ou Laringotraqueíte infecciosa.
Segundo Tharley, esse tipo de desafio respiratório secundário passou a ganhar mais atenção das empresas de sanidade e dos próprios avicultores. “O que passamos a observa é que, mesmo sem a presença de surtos clínicos graves, há um impacto cumulativo na performance, no bem-estar animal e na biosseguridade da granja. E ele começa no nível microscópico, com a replicação viral no epitélio respiratório.”
Tecnologia vetorial: proteção sem replicação
Para superar esse tipo de ameaça, a tecnologia vacinal ganhou protagonismo. Uma vacina vetorizada desenvolvida pela Ceva, foi desenhada para oferecer proteção robusta sem provocar reações vacinais, pois não utiliza vírus vivo da doença de Newcastle em sua formulação.
“É uma virada de chave no conceito de vacinação contra Newcastle. Uma tecnologia que entrega proteção real sem gerar dano ao trato respiratório. Isso significa imunização eficiente e silenciosa, sem reações locais, sem predispor a infecções secundárias e sem comprometer o desempenho zootécnico”, destaca Tharley.
Embora exista cada vez um número crescente de genótipos virais, todos pertencem ao mesmo sorotipo, o que significa que a proteção gerada por Vectormune® ND é altamente eficaz para todos os genótipos, sejam lento ou velogènicos, como comprovam estudos científicos internos.
Reconhecida como a vacina aviária de grande procura em diversos países com destaca atuação na avicultura industrial, a vacina se consolidou globalmente especialmente em regiões com alto desafio sanitário, como Ásia, Oriente Médio e América Latina, locais onde cepas altamente patogênicas do vírus circulam com intensidade. “Sua eficácia técnica também está associada à capacidade de, no médio e longo prazo, reduzir a circulação viral no ambiente produtivo, contribuindo para um controle epidemiológico consistente”, completa.

Autor:

Arthur Rodrigo Ribeiro

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