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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Estados Unidos, e o status quo entre Marrocos e Argélia

O Marrocos e Algéria, dois países vizinhos compartilhadores de certos valores culturais, linguísticas e espirituais, mas ao mesmo tempo  distanciados, por motivo do diferendo regional, 1975,  saara ocidental, alimentado por um grupo separatista, Polisario, alojado e  suportado militarmente e financeiramente, por Argel.

Tal status quo foi quebrado pelos Estados Unidos, impondo novas visões quanto ao comportamento de Argel, vis a vis do saara marroquino, dada a visita oficial do Conselheiro do Presidente dos EUA, Massad Boulos.

Tal visita  coincidir com a comemoração do Marrocos, da festa do trono, 30 de Julho 2025, e da audiência do Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune do conselheiro do Presidente americano, são acontecimentos da confirmação  da proposta da integração do saara  marroquino, do encontro dos interesses  alheios; do reconhecimento dos Estados Unidos do saara marroquino, dezembro 2020.

Interroga-se sobre os motivos de Argélia e  Estados Unidos da América (EUA), mudar de tom e  abordagem, cujo algum tempo atrás troca de críticas, pontos de vistas opostas, e posturas divergentes, em relação ao dossiê do saara marroquino; ao Irã, aliado a Hezbollah, ou aos demais  grupos terroristas, Al qaeda, Estado islámico, Polisario, entre outros?

 Tais encontros dissolvem qualquer dúvida do passado; as duas partes expressam finalmente o “firme compromisso fortalecer  relações no comércio,  na segurança e noutras áreas estratégicas, paz e segurança regional e continental.

Que mudanças?

O Conselheiro do Presidente dos EUA, Donald Trump, Massad Boulos,  foi recebido oficialmente em audiência pelo Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, em nome do Presidente Trump, o Secretário de Estado Marco Rubio reflete assim um certo interesse de abertura sobre Argélia, último país isolado até então, traduzindo novas parcerias e acordos estratégicos sem qualquer objeção.

Os Estados Unidos e a Argélia, após, hesitações, frisaram declarações de ambas partes, revelando novoos sentidos para trajetórias aos laços e compromisso,  seguir fortalecendo as relações em diferentes áreas, comerciais, seguranças  e estratégicas.

 Saara marroquino

O sr Massad Boulos mantém com o chefe de Estado argelino sobre dossiê do respeito da integridade dos estados, da visão dos americanos  sobre o futuro da cooperação entre os  países, das formas de conjugar  os interesses estrategicos da  paz, da seguranca e estabilidade regional, dados desafios do integrismo, do terrorismo e do impasses nas fronteiras, versus novas perspectivas  de abertura sobre diálogo entre as partes

As opiniões do Presidente argelino só podem ser traduzidos nas ideologias do regime militar, da interpretação do  processo de integração, de respeito de autodeterminação dos povos,  dos desafios socioeconômicos, e das ameaças e oportunidades geoestratégicas

Diante de tudo isso, os esforços são ouvidos por parte dos países vizinhos, aguardando aberturas, cooperação e consenso, face aos desafios do Sahel e saara,  da promoção da paz e  estabilidade regional.

Tal diálogo entre Marrocos e Argélia vai depender do nivel da pressão dos Estados Unidos, da abordagem de trabalho sobre questões existenciais, em termos de desenvolvimento, do progresso humano, da estabilidade, da paz e prosperidade.

O delegado americano liderada por Massad Boulos levou uma mensagem claro e objetivo ao Ministro das Relações Exteriores da Argélia, Ahmed Attaf, sobre os diferentes aspectos de relações argelina-americanas,  titulo das maneiras de elevar as relações aos níveis mais altos; dos interesses geoestratégicos americanos, do papel do Marrocos, aliado privilegiado; em relação aos países classicos, Espanha e França.

Nesse contexto, só podemos considerar  o diálogo estratégico entre Argélia e Estados Unidos como meio, capaz de posicionar favoravelmente sobre o futuro das relações entre Marrocos, Argélia e Estados Unidos, um impulso de modelo de parceria  tripartida,  base de interesses complementares, Fosfato, petróleo e segurança, perante os calculos prioritários de ambos países em termos de defesa, de energia, de agricultura e cooperação internacional.

Finalmente, o encontro desta altura e neste momento da história das relações americanas e norte-africanas, Argelia e Marrocos, só podem reduzir o status quo, atenuar o nível de atenção sobre questões camufladas, ideológicas e sensíveis, e aproximar  opiniões e análises sobre meios de solução, de cooperação em prol dos povos, da integração regional, sem agravar portanto quaisquer posições divergentes e conflitos de integração, de respeito dos direitos humanos; de democracia e de convivência dos povos na Tunísia, na Líbia,  ou ainda no Saara Ocidental, no Sahel-saara, e na região dos Grandes Lagos ou em norte da África como um tudo.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, pesquisador sobre assuntos de Mercosul, Brasil e Marrocos

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