Com crescimento de 53% nas vendas, medicamentos genéricos se consolidam como principal opção no tratamento da hipercolesterolemia. Neste dia 8, o Brasil reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da ampliação do acesso ao tratamento
Brasília, agosto de 2025 – No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto, lembramos que o colesterol elevado é um dos principais vilões da saúde cardiovascular, contribuindo diretamente para o avanço das doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 30% das mortes no País.
O colesterol é um tipo de gordura que existe naturalmente no nosso corpo e em alguns alimentos. Ele participa da produção de hormônios, células, vitamina D e ácidos que ajudam na digestão. Porém, em excesso, especialmente o colesterol LDL (considerado o “ruim”) pode causar obstrução das artérias e levar a infartos ou AVCs.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14% dos brasileiros adultos já receberam diagnóstico de colesterol alto. Estudos mais abrangentes indicam que até 40% da população apresenta níveis elevados de colesterol, incluindo jovens e crianças.
A verdade é que o colesterol em si não é um inimigo. O problema ocorre quando há desequilíbrio: altos níveis de LDL e baixos níveis de HDL (o “colesterol bom”). O colesterol “ruim” (LDL) se acumula nas paredes das artérias formando placas que dificultam a passagem do sangue, contribuindo para o entupimento dessas vias sanguíneas.
Além disso, fatores genéticos, como a hipercolesterolemia familiar, podem contribuir para taxas persistentemente elevadas, mesmo entre pessoas jovens e saudáveis.
Para isso, é necessário realizar exames de sangue regulares, especialmente após os 20 anos, manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras e gorduras boas (castanhas, azeite de oliva, abacate). Além disso, reduzir a ingestão de gorduras saturadas e trans presentes em alimentos ultraprocessados, praticar atividade física, evitar tabagismo e evitar o consumo excessivo de álcool para contribuir na prevenção do quadro.
Ainda assim, quando mudanças no estilo de vida não são suficientes, os medicamentos entram como aliados fundamentais, com destaque para as estatinas, como sinvastatina e atorvastatina.
Segundo Tiago de Moraes Vicente, presidente-executivo da PróGenéricos, em 2024, foram comercializadas 102.648.159 unidades de medicamentos genéricos indicados para o tratamento do colesterol, representando 84,85% das vendas do mercado.
“Já em 2025, as vendas alcançaram 58.075.699 unidades, um aumento de 53,34% em relação a 2021, correspondendo atualmente a 87,35% do total da categoria. Entre janeiro e junho de 2025, o desconto médio aplicado aos medicamentos dessa categoria foi de 79,31%.”
Esses dados reforçam a importância dos genéricos como política pública de saúde e facilitadores de tratamento contínuo para milhões de brasileiros.
Sobre a PróGenéricos
Fundada em janeiro de 2001, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos) congrega os principais laboratórios que atuam na fabricação e na comercialização desses produtos no País. Sem fins econômicos, a organização canaliza as ações de suas associadas, promovendo e corroborando o debate público em torno de questões relevantes para o setor da saúde e para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no Brasil.
Articulando-se com diversos setores da sociedade e com instituições públicas e privadas, a PróGenéricos canaliza as ações de suas associadas, promovendo e corroborando o debate público em torno de questões relevantes para o setor da saúde e para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no País.
Autora:
Sarah Farias