O filme Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (2025) finalmente entrega o que muitos fãs esperavam: uma história que não repete a já saturada origem dos personagens, partindo direto para as relações internas do grupo e para uma ameaça de escala cósmica. Essa escolha traz dinamismo e frescor à narrativa, afastando-se dos clichês que marcaram adaptações anteriores.
Pedro Pascal, no papel de Reed Richards, lidera com carisma e profundidade, equilibrando o papel de cientista brilhante e figura paterna que carrega o peso da responsabilidade familiar e heroica. A presença de Pascal confere solidez ao elenco e ajuda a criar uma química que se traduz em uma verdadeira sensação de família na tela.
O vilão Galactus, interpretado por Ralph Ineson, ganha uma presença imponente e ameaçadora, transmitindo a escala cósmica do perigo que ele representa. Outro ponto alto é a inclusão do Surfista Prateado, desta vez reinterpretado como uma mulher, papel entregue a Julia Garner. Essa mudança inovadora traz nuances emocionais e éticas que enriquecem a trama, além de atualizar e expandir o universo dos personagens de forma criativa.
Ambientado em uma atmosfera retrofuturista dos anos 1960, o filme combina ação, humor e emoção com uma estética que remete às raízes dos quadrinhos, mas sem viver no passado. A ausência de uma origin story reforça a sensação de um recomeço maduro e focado em construir um futuro promissor para o Quarteto dentro do Universo Cinematográfico Marvel.
No geral, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é uma produção que renova as esperanças dos fãs e traz à tela grande a grandiosidade que esses personagens merecem.
+Nota final: 9/10.