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quinta-feira, 31 de julho de 2025

O PODER SILENCIOSO DO COOPERATIVISMO

Estacionando o carro em frente a um ginásio da Capital Federal, Roberto estava extremamente animado para agregar mais conhecimentos durante o evento de imersão sobre cooperativismo que sua empresa estava promovendo para a sociedade.

Sorrindo sozinho, refletiu sobre como a vida havia se desenhado para que ele parasse naquele lugar. Foi então que se recordou de quando tudo começou: empreendedor e motorista de uma determinada plataforma de aplicativo, ele tinha sede de conhecer mais profundamente os desafios e caminhos que poderiam fazê-lo alavancar ainda mais em sua área de atuação. Extremamente obstinado, estava sempre buscando formas de melhorar e alcançar o sucesso pessoal e empresarial, quando, certa vez, foi apresentado ao mundo do cooperativismo por Carlos, um grande amigo seu de longa data, que também empreendia e fazia parte de uma cooperativa de motoristas por aplicativo.

Quando Carlos foi pontuando os benefícios do mundo do cooperativismo, Roberto, ressabiado e incrédulo, não deu muita credibilidade ao assunto. Mas, mesmo assim, resolveu fazer parte da cooperativa da qual Carlos participava e, para sua grata surpresa, foi a decisão mais sensata e inteligente que poderia ter tomado em sua vida.

Como empreendedor e cooperado, participou ativamente das discussões sobre melhorias na cooperativa da qual fazia parte e ficou encantado e motivado a cada novo rumo que ela tomava.

Inserido no mundo do cooperativismo, Roberto percebeu o quanto era importante seu papel em prol da sociedade e o quanto podia fazer diferença na vida de seus clientes. Percebeu o quão promissora era a troca de experiências dentro do cooperativismo, onde todos os cooperados, com interesses comuns, se filiavam para alcançar objetivos que são difíceis de atingir individualmente.

Mas, certamente, o que mais chamou a atenção de Roberto nesse mundo do cooperativismo foi o fato de a cooperativa dar liberdade aos seus cooperados para atuarem como se fossem donos do seu próprio negócio, com participação ativa na tomada de decisões, compartilhando responsabilidades e resultados. Naquele nicho, ele era livre para opinar, decidir, contribuir, sugerir e, o mais importante, ser ouvido.

Quando se deu conta, já estava fazendo parte da diretoria da cooperativa e atuava bravamente pela melhoria das condições de trabalho dos seus cooperados, além de prospectar ativamente para a adesão de outros profissionais da área, com o objetivo não somente de ampliar o número de cooperados, mas de proporcionar a todos a mesma oportunidade que teve: ver o mundo do cooperativismo com um olhar mais motivador e humanizado.

A atuação de Roberto junto àquela cooperativa o fez crescer não somente como empreendedor e cooperado, mas como pessoa.

Quando Roberto resolveu abraçar a causa do cooperativismo, viu-se na condição de ter uma escuta mais ativa e empática. O mundo do cooperativismo o ensinou o quanto poderia agregar valores que nunca antes tivera, com a ajuda de outras pessoas. Valores esses que não se resumiam apenas ao seu crescimento pessoal, mas, definitivamente, ao coletivo. Ao fazer parte daquela cooperativa, percebeu que precisava agregar mais do que conhecimento individual; era necessário e fundamental o trabalho em parceria, no qual todos saíssem ganhando.

Voltando seus pensamentos para o presente, Roberto pensou no quanto havia sonhado com o sucesso de seus negócios e com seu crescimento pessoal; pensou no quanto desejou conquistar o mundo e ter seu nome estampado em jornais e revistas. Ele teve tudo isso, mas o que não havia sonhado estava agora diante dele: ser agente de transformação na vida das pessoas. Esse papel, que jamais imaginou desempenhar, fez com que ele tivesse eterna gratidão ao amigo Carlos por ter apresentado um mundo do qual nunca sonhou fazer parte — e do qual, agora, era um dos protagonistas.

Autora:

Patricia Lopes dos Santos

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