A maioria das empresas hoje está avançada em suas jornadas de transformação digital. A adoção da nuvem não é mais uma questão de “se”, mas de “quão” eficazmente as empresas a executam. O mesmo se aplica à estratégia de dados e à integração de sistemas.
À medida que o ritmo das mudanças avança aceleradamente, impulsionado pela competição e uso de tecnologias avançadas, como a Inteligência Artificial, acompanhada de crescentes expectativas dos clientes – cada vez mais exigentes -, o que antes era uma vantagem competitiva agora é uma necessidade.
O desafio não é mais escolher as ferramentas certas, mas saber como alinhar a infraestrutura por trás delas às estratégias de negócios. Cloud, integração de sistemas e dados não são iniciativas isoladas, mas constituem hoje os pilares fundamentais que devem trabalhar juntos para permitir uma transformação real. Sem eles, a escala se torna um problema para os negócios.
O denominador comum por trás de toda estratégia empresarial de sucesso está na combinação entre velocidade, inteligência e resiliência do ecossistema de aplicações e sistemas de dados. Trata-se, portanto, de saber construir uma base onde os ambientes de nuvem possam estar integrados, com os dados acionáveis ??e que a lógica de negócios flua entre os sistemas, tornando a estratégia executável e escalável.
Seja no time-to-market, para o engajamento do cliente ou na redução de gargalos, o denominador comum aparece, elevando a flexibilidade da nuvem, dos sistemas conectados e dados. Nuvem, Integração e Dados são as palavras do momento. A nuvem proporciona agilidade.
A integração garante que os sistemas se comuniquem em sincronia. Os dados dão aos líderes a clareza necessária para a tomada de decisão. Quando alinhadas, a transformação muda da estratégia abstrata para impacto mensurável. Quando desalinhadas, até as melhores iniciativas ficam estagnadas.
Pilar número 1 – A integração fazendo os sistemas funcionarem
As empresas modernas operam em uma mosaico de plataformas, incluindo ERP, CRM, aplicativos nativos da nuvem, sistemas legados e ferramentas específicas de cada setor. Embora cada sistema possa funcionar de maneira independente, sem a integração eles se limitam a permanecer em silos operacionais. A integração garante que o que acontece em uma área da organização seja imediatamente visível e acionável em outra, contribuindo para a flexibilidade e a escalabilidade empresarial.
No entanto, com a evolução dos negócios, a integração se tornou muito complexa. Com ambientes híbridos, APIs, arquiteturas orientadas a eventos e necessidades em tempo real, a integração ponto a ponto não é mais suficiente, como no passado. Isso também é especialmente verdadeiro em ambientes híbridos, onde sistemas locais e serviços nativos da nuvem precisam funcionar em conjunto. Sem a integração híbrida, as equipes perdem tempo com transferências manuais de dados, em vez de criar valor, resultando em iniciativas digitais desconectadas e agilidade inalcançável.
Além da conectividade, a integração moderna proporciona a orquestração, automação e visibilidade de todo o ambiente de aplicações e sistemas de dados. Ela garante que dados e processos transitem entre sistemas sem interrupções e erros, para que nada passe despercebido da visão estratégica da organização. A integração permite fluxos de trabalho automatizados entre departamentos e proporciona à liderança uma visão unificada de toda a operação, reduzindo a dependência de esforços manuais. Sem ela, as iniciativas digitais permanecem fragmentadas e a agilidade, inalcançável.
A integração é a base da transformação, é o que conecta os negócios de ponta a ponta e libera o potencial de tudo o que se segue.
Pilar número 2 – Dados, dos silos ao valor
Sistemas integrados estabelecem a base para o negócio eficiente, mas são os dados que entregam o valor real, especialmente quando saneados e prontos para análise. Sem eles, mesmo as pilhas de tecnologia mais sofisticadas têm dificuldade de produzir insights significativos.
As empresas necessitam de dados unificados, oportunos e confiáveis, não apenas para armazená-los, mas para poder agir com base neles. Quando pontos de contato com o cliente, indicadores operacionais e métricas de desempenho se reúnem sob um único guarda-chuva, a liderança ganha o contexto necessário para tomar decisões confiáveis.
Uma base de dados saudável é o que permite a personalização em escala, a previsão orientada por IA e a automação inteligente. Ela possibilita que o marketing direcione adequadamente as estratégias para que vendas se movam mais rapidamente, que o financeiro reduza custos e as operações se adaptem corretamente em tempo real. Quanto mais conectados seus dados, mais responsivo o negócio se torna.
Nesta fase, o foco muda da conexão para a análise. As organizações agora podem extrair insights de conjuntos de dados unificados e transformar informações brutas em inteligência de negócios. Mas, para que isso funcione, os dados não devem apenas ser consolidados, mas também devem ser confiáveis ??e corretamente gerenciados.
Além disso, à medida que os dados se tornam mais acessíveis, a governança e a conformidade se tornam uma exigência inegociável. Regulamentações como GDPR, HIPAA e CCPA exigem armazenamento seguro, capacidade de auditoria e controle sobre como eles são acessados ??e utilizados.
Por esta razão, as empresas devem garantir que os dados sejam precisos e rastreáveis e que possam contar com plataforma de análise de dados modernas, capazes de permitir implementar políticas de qualidade, linhagem e acesso aos dados desde o início, e não como uma reflexão tardia. Elas devem ajudar as organizações a evitar não apenas ineficiências, mas também exposição legal e reputacional.
Pilar número 3 – Nuvem: a infraestrutura que escala com os negócios
A nuvem tornou-se o modelo operacional padrão para os negócios. Seja em nuvem pública, privada ou em um modelo híbrido, a expectativa de negócios é a mesma: entregar agilidade sem interromper a continuidade.
Mas, adotar a nuvem não é uma transformação em si. O verdadeiro valor da nuvem vem da sua flexibilidade e da inteligência com que a infraestrutura é usada para dar suporte às necessidades de negócios em constante mudança. A pressão sobre as empresas não é apenas para “migrar para a nuvem”, mas para otimizar como este ambiente é consumido em cargas de trabalho, equipes e regiões. Espera-se que as equipes de TI garantam velocidade, sem comprometer o seu controle e gerando mais custos.
Sem uma visão unificada da nuvem, a dispersão dos seus recursos pode rapidamente se tornar um enorme problema. As equipes podem enfrentar dificuldades com a visibilidade, o provisionamento pode demorar mais do que deveria e os investimentos se tornam mais difíceis de prever. No entanto, se bem executada, a nuvem se torna a alavanca final da transformação, possibilitando crescimento escalável, operações resilientes e inovação em toda a empresa. Ela pode permitir que as equipes implementem com mais rapidez, respondam às mudanças com agilidade e mudem o foco da manutenção para a inovação. Os resultados satisfatórios em nuvem dependem de sua flexibilidade e da integração.
A transformação empresarial acontece quando integração, dados e nuvem trabalham juntos
Cada um desses três pilares agrega valor por si só, mas a verdadeira transformação acontece quando eles se alinham para atender às demandas do negócio e permitem uma operação mais ágil, com melhores decisões e maior capacidade de resposta às exigências do mercado. Sem esse alinhamento, mesmo iniciativas bem financiadas perdem força e podem fazer com que as empresas se tornem ultrapassadas.
Para dar conta desta demanda, a TI deve se apoiar na conexão entre sistemas em diferentes ambientes, centralizar e governar dados, gerar insights por meio de análises avançadas, tudo a serviço da agilidade e escalabilidade dos negócios. A integração capaz de entregar ótimos resultados para a organização deve ser capaz de suportar arquiteturas híbridas, otimizar as operações e permitir o crescimento sem interromper o que já funciona.
Seja para modernizar uma infraestrutura legada, escalar iniciativas digitais ou construir uma base de dados mais inteligente, os gestores devem ter em mente que a flexibilidade e a estrutura necessárias para os negócios dependem de combinar estes três pilares. Sem isso, será inevitável perder a oportunidade que a inovação proporciona aos negócios.
Autor:
Rodney Repullo. CEO da Magic Software Brasil.