“O phishing é comum, com criminosos criando sites falsos que imitam plataformas oficiais para roubar credenciais de login e dados financeiros“
Contando com um cenário de ascensão, o âmbito global da indústria de games e e-Sports tem arrecadado anualmente o valor equivalente a 250 bilhões de dólares. Isso porque jogos das modalidades Valorant, Call Of Duty e Fortnite têm conquistado a audiência de dezenas de fãs.
Ao mesmo tempo todo esse sucesso tem despertado certa preocupação sobre os problemas relacionados ao cyberbullying, privacidade, dados pessoais arquivados nos consoles, malware e até mesmo predadores on-line.
Uma pesquisa de mercado feita pela empresa NDP Group revela que atualmente 63% dos jogadores com idade entre 2 a 17 anos jogam por meio dos smartphones. Em dois anos o número de ataques virtuais ocorridos no ambiente do jogo aumentou em 50%.
De acordo com o advogado catarinense Bruno Cassol, especialista em direito gamer, sócio do escritório Marques & Oliveira Advogados, esclarece que: “De fato, os jogos online apresentam diversos riscos significativos aos usuários. O phishing é comum, com criminosos criando sites falsos que imitam plataformas oficiais para roubar credenciais de login e dados financeiros. Malwares específicos para jogadores, como trojans e keyloggers, são frequentemente disfarçados como cheats ou mods. As microtransações expõem dados de pagamento a possíveis fraudes, enquanto a engenharia social explora relacionamentos formados no jogo para manipular jogadores”.
Pelo fato dos jogos online funcionarem como base na interação social, grande parte tornou-se alvo preferencial para os cibercriminosos devido ao alto volume financeiro envolvido e economias virtuais robustas onde itens digitais podem valer milhares de dólares. “A normalização de práticas como interagir com estranhos e compartilhar software de terceiros (mods) aumenta a vulnerabilidade. Dito de outra forma, os jogos são sistemas complexos com múltiplos vetores de ataque, desde clientes locais até APIs e comunicações em tempo real, criando numerosas oportunidades para atividades maliciosas”.
Autora:
Luana Santos
