Quando era você e eu,
Ainda jovens,
A lua saía,
Nós dormíamos,
O tempo nos envelheceu,
Você se foi,
Senti que precisava dormir,
Para sonhar com você.
Tem muito tempo que não durmo,
Fico acordado pensando em você,
Nem mesmo contando as estrelas
Meu corpo quer dormir,
É certo que se você não voltar
Nunca mais vou dormir…
Os dias se arrastam em um lamento,
Meus olhos aguardam o alento,
Na luz do luar, te procuro,
Minha alma vaga sem porto seguro.
Era no teu abraço que encontrava paz,
Agora só resta o vazio, o nunca mais.
As noites frias testemunham meu tormento,
O coração pulsa, mas parece um lamento.
Fecho os olhos, tentando te encontrar,
Nas memórias, tento me ancorar.
Mas o sono é esquivo, foge de mim,
A saudade é um mar, um fim sem fim.
As estrelas, minhas confidentes,
Contam histórias de amantes ausentes.
Cada constelação, um desejo, uma prece,
Que sua presença, meu sono recomece.
Mas a realidade é dura, implacável,
Um amor perdido, um sonho inalcançável.
Minha cama é um campo de batalhas,
Onde luto com lembranças, sem medalhas.
O travesseiro guarda lágrimas silenciosas,
Cada lágrima, uma memória preciosa.
O tempo não cura, apenas adormece,
Uma dor que em meu peito permanece.
Ah, se pudesse voltar no tempo,
Reviver cada riso, cada momento.
Mas o passado é um eco distante,
Um amor que se foi, mas sempre constante.
E assim, sigo minhas noites solitárias,
Com lembranças, minhas únicas parceiras várias.
Esperamos que um dia, enfim,
O sono me encontre, e você volte para mim.
As horas passam lentas, sem compaixão,
Cada pulsar do meu sangue é uma punhalada no coração.
A insônia é minha fiel companheira,
Em um mundo sem você, sou prisioneira.
Queria poder tocar seu rosto,
Sentir seu calor, seu gosto.
Mas você é agora um fantasma,
Um sussurro no vento, uma chama.
No silêncio da noite, te chamo,
Meu coração grita, eu te amo.
Mas você não responde, não está mais aqui,
E eu, perdido, não sei para onde ir.
Continuo contando as estrelas,
Cada uma, uma lágrima perdida,
Na esperança de que um dia,
Você volte e me traga vida.
Mas até lá, meu sono será fugaz,
Um reflexo de um amor que se desfaz.
E assim, sigo meu caminho,
Na companhia do silêncio, sozinho.
Na esperança de que um dia,
O sono me alcance, e com ele, a alegria
De te encontrar nos meus sonhos,
E nunca mais, sentir-me tão tristonho.
Por enquanto, meu amor, sigo sem dormir,
Com a certeza de que sem você,
Meu coração jamais poderá sorrir.
Autor:
Jaeder Wiler