*Por Charles Schweitzer
O setor de viagens corporativas está aquecido no Brasil, impulsionando o turismo. Somente no ano de 2024, o segmento teve um faturamento de R$13,5 bilhões, superando em 18%, o maior do que registrado em 2022, quando houve R$11,2 bilhões.
Esses dados, além de confirmarem a retomada definitiva dos deslocamentos profissionais após os anos de pandemia, também acende um alerta importante para líderes empresariais: De que forma gerir, com eficiência e responsabilidade, as demandas crescentes das viagens dos colaboradores?
Em um cenário onde os custos estão em constante movimento, cada vez mais elevados e as expectativas por experiências mais humanas e produtivas aumentam, a gestão de viagens não pode mais ser vista como apenas uma mera função operacional e sim parte estratégica das organizações.
Por isso, as viagens corporativas são como investimentos direto na expansão, no relacionamento e na capacitação profissional. Para isso, é necessário adotar políticas claras de viagem, com regras transparentes, ferramentas digitais eficientes e inteligentes e, principalmente, fazer uma escuta ativa dos colaboradores que viajam com frequência.
Não se pode ignorar o bem-estar desses profissionais, porque muitas vezes as jornadas podem ser exaustivas e os deslocamentos mal planejados ou escolhas que priorizam o menor custo podem custar caro, comprometendo a performance e a retenção de talentos.
Outro ponto relevante é que hoje temos a tecnologia a nosso favor, que pode ser uma grande aliada. Existem plataformas de gestão de viagens integradas a sistemas de RH, por exemplo, que permitem maior controle de orçamento, agilidade na reserva de passagens e hospedagens sem burocracias, que proporcionam autonomia ao colaborador, sem perder a visibilidade por parte do gestor.
Além disso, os dados ajudam na identificação de padrões, a corrigir eventuais excessos e a otimizar rotas, melhorando a relação com fornecedores. Para isso, o uso de tecnologia precisa vir acompanhado de uma cultura organizacional aberta, que valorize a confiança e o equilíbrio entre custo e conforto.
A meu ver, acredito que as lideranças devem olhar para as viagens corporativas como uma extensão da experiência do colaborador, sendo um caminho mais inteligente e promissor. Nesse pacote, deve estar incluso repensar modelos engessados, flexibilizar escolhas, incentivar o bleisure (mistura de trabalho com lazer, quando possível) e, além disso, oferecer suporte em tempo real em casos de imprevistos, porque ninguém está livre deles.
Por fim, e diante de todos esses pontos, as empresas só tendem a ganhar, porque conseguem aumentar engajamento, produtividade e promover a marca empregadora. Em tempos de um mercado aquecido e com grande disputa de talentos, gestão moderna de viagens corporativas é, acima de tudo, uma vantagem competitiva à frente de qualquer concorrência. Você está preparado para ser o agente dessa mudança?
*Charles Schweitzer, é CEO da Tanto, uma plataforma de reembolso imediato e seguro, que tem o propósito de trazer benefícios essenciais ou gestão de despesas corporativas que nunca foram contemplados, respeitando as necessidades individuais de suas empresas e colaboradores.