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sexta-feira, 16 de maio de 2025

A importância das áreas de lazer em casa: o impacto positivo na saúde mental através dos projetos de arquitetura

Pequenos ou em proporções maiores, nossas moradas devem reservar espaços para a realização de atividades que ajudem a desopilar a mente e vivenciar bons sentimentos, seja através da convivência entre familiares e amigos ou em atividades individuais

É natural que, com o passar das décadas, a relação entre o lar e os indivíduos se transformem de acordo com as demandas e os diferentes cenários que influenciam a nossa sociedade. Nesse contexto, nossas casas – principalmente depois da pandemia – agregou, entre outras demandas, também o posto de local de trabalho, haja vista o home office seguiu integrado como realidade para muitas pessoas.

Mas, pari passu como nossas obrigações, o lazer deve fazer parte da vida das pessoas como uma forma de equilibrar a mente e os sentimentos. “Em um cenário marcado por rotinas intensas, excesso de estímulos e cobranças constantes, dispor de ambientes que favoreçam o lazer dentro de casa atua como um importante fator de alívio emocional“, constata a arquiteta Rosangela Pena, à frente de seu escritório homônimo, que no relacionamento com seus clientes, recebe o pedido pela inclusão de ambientes diversos, de acordo com seus desejos e modos de vida, para o entretenimento, diversão e desconexão com a realidade.

De acordo com ela, essas áreas tanto podem incluir uma estrutura recreativa para o uso individual ou em participação social – que, de forma geral, é sempre o maior propósito.

Cuidado com a mente e o emocional

Ao usar a arquitetura residencial como meio de favorecer os momentos de lazer promove inúmeros benefícios para a saúde mental e emocional, a construção desses espaços atua na promoção da convivência e valorização do tempo de qualidade, tema bastante discutido atualmente, e no fortalecimento dos vínculos afetivos. “Quando integramos formas de entretenimento dentro da rotina residencial, reduz-se a dependência de deslocamentos. E esse ganho de tempo pode ser justamente a oportunidade de entretenimento e bem-estar que podemos oferecer aos moradores”, avalia Rosangela sobre importância de olhar com carinho para esses setores dentro de um projeto.  

Na cobertura executada pela arquiteta Rosangela Pena, o deck de madeira com a banheira de hidromassagem é um convite voltado para o autocuidado e que tanto pode ser desfrutado individualmente ou na convivência entre pessoas queridas. As espreguiçadeiras também evocam a reflexão que urge em sociedade: de parar, valorizar nossa existência e cuidar da nossa mente para realizar tudo aquilo que é preciso | FOTO: Sidney Doll

Cantinho para a música, os filmes e os livros!

A arte possui um poder ímpar de nos deixar mais conectados no momento presente e coopera no enriquecimento interno de repertório cultural e emocional. Por isso, garantir um espaço em casa onde nossos filmes, autores, bandas e cantores favoritos possam estar sempre à mão é extremamente salutar e deixa nossa mente fluir em uma frequência mais sutil.

Para esse tipo de cômodo, a dica é apostar em estantes com uma boa capacidade de armazenamento, organizando as coleções com praticidade e claro, deixando os itens em exibição e à disposição para que possam ser admirados e desfrutados.

Locais como salas de leitura, varandas tranquilas ou home theaters também cumprem a função de ‘espaço de respiro’ onde os indivíduos podem se reconectar consigo mesmos“, acrescenta Rosangela Pena a definição de ambientes que seguem a proposta de ser um refúgio pessoal. 

Para acomodar todos os itens da coleção dos moradores, a arquiteta Rosangela Pena planejou uma imponente estante com nichos iluminados e prateleiras que organizam DVDs, CDs e livros. Para completar a ornamentação, a vitrola, itens decorativos e, ao lado da TV, um cantinho para os instrumentos musicais | FOTOS: Sidney Doll

Salas de jogos como pontos de encontro

Quem adora receber visitas sabe como essa satisfação deixa a energia do lar mais animada e as salas de jogo são ideais para essas horas de diversão e celebração. No projeto, é preciso garantir uma iluminação adequada para que as mesas de jogos e os tabuleiros fiquem sempre no foco, bem como garantir assentos para que anfitriões e convidados possam ficar bem acomodados. 

Nessa ampla sala de jogos, além da mesa de bilhar, a arquiteta Patricia Penna trouxe mesas com poltronas para bate-papos descontraídos | Projeto: Patricia Penna Arquitetura & Design | FOTOS: Leandro Moraes
Com uma suntuosa mesa de bilhar numa saleta de jogos planejada próxima da área externa da casa, o entretenimento ganha ares de relaxamento com o ponto de conexão com o ar livre – proporcionado pelas portas de correr de vidro que podem ficar abertas quando os moradores desejarem! Tudo isso gera uma atmosfera arejada, onde o lazer é priorizado através de recursos arquitetônicos incluídos no projeto idealizado pela arquiteta Patricia Penna | FOTO: Leandro Moraes

Brinquedotecas e um espaço lúdico para a diversão

Para os pequenos, é primordial oferecer ambientes seguros para as brincadeiras e o aprendizado! Apostar em cores claras nos revestimentos, tapetes aconchegantes e móveis coloridos e lúdicos – em formatos de bichinhos, por exemplo – ajuda a conceber lugares acolhedores onde a imaginação ganha asas. 

Nessa brinquedoteca não faltaram nichos nas amplas estantes para armazenar todos os brinquedos, assim como cestos, alguns com formato de girafa, para que tudo ficasse bem-organizado após as atividades | Projeto: Patricia Penna Arquitetura & Design | FOTOS: Leandro Moraes
Por meio da marcenaria planejada, a arquiteta Patricia Penna desenhou armários e nichos coloridos em uma brinquedoteca super ampla. Um nicho circular tornou-se uma poltrona perfeita para leitura, enquanto as almofadas ao chão acomodam os pequenos em frente à TV | Projeto: Patricia Penna Arquitetura & Design | FOTOS: Leandro Moraes

Hortas, canteiros, jardins e orquidários como pontos de conexão com a natureza

A conexão com a natureza também corrobora para a descompressão, principalmente após longos períodos de trabalho e a rotina acelerada da vida urbana. Garantir alguns momentos em contato com a terra, as flores e as plantas são primordiais para a reconexão com nosso íntimo, a diminuição do ritmo e a percepção de uma energia mais leve em nossas vidas.

O cantinho para uma horta estimula o cuidado com as plantas, o entendimento sobre os processos da vida e a oportunidade de desfrutar daquilo que foi resultado da sua dedicação. Para os moradores desta casa, a arquiteta Patricia Penna elevou uma superfície de pedras sobre o gramado para acomodar amplos vasos onde crescem ervas como capim limão, alecrim, manjericão e hortelã | Projeto: Patricia Penna Arquitetura & Design | FOTOS: Leandro Moraes
Uma opção para quem possui quintal ou uma área externa ampla é apostar em um ambiente para cultivar as espécies favoritas. Em uma casa situada no interior de São Paulo, a arquiteta Rosangela Pena desenvolveu um orquidário para a moradora. Um gosto pessoal que se transformou em lazer e hobbie | FOTO: Sidney Doll

Sobre Patricia Penna

No mercado há mais de 20 anos, a arquiteta Patricia Penna é destaque de mostra de decorações no Brasil e no exterior. Com a equipe multidisciplinar que faz parte do escritório Patricia Penna Arquitetura & Design, assina projetos de arquitetura e design de interiores nas áreas residenciais, corporativos e institucionais.

Seu principal objetivo é atender às expectativas de cada cliente, traduzindo seus anseios e concretizando-os. Transitando por estilos variados, trabalha com grande apuro e cuidado ao lado da equipe para atingir um resultado marcado pelo ecletismo e, sobretudo, pela identificação particular de cada cliente com o seu próprio projeto.

Autor.

Lucas Janini

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