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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Psicologia e Corpo de Qi: escutas que se complementam

Vivemos tempos em que a mente corre, o corpo adoece e o silêncio interior se torna um estranho. Muitos chegam ao consultório buscando compreender dores que não têm nome: cansaço que não passa, angústia difusa, insônia, tensão no peito. Nem sempre a palavra vem fácil, mas o corpo fala — e com ele, fala também o campo sutil da energia.

Na tradição chinesa, esse campo é chamado Corpo de Qi: uma rede viva de fluxos energéticos que interliga emoções, respiração, órgãos e consciência. Quando as emoções não encontram passagem — seja por repressão, trauma ou sobrecarga — o Qi se estagna. Surgem os bloqueios energéticos, que se expressam em forma de desequilíbrios físicos e emocionais.

Na Psicologia de orientação psicanalítica, trabalhamos para dar forma simbólica a esse indizível. Através da palavra, escutamos o inconsciente e traduzimos o que o corpo sente, mas ainda não pôde nomear. Palavras têm potência transformadora: quando ditas no tempo certo, podem abrir caminhos onde antes havia apenas repetição e sofrimento.

Mas e quando a palavra ainda não vem?

É aí que entram as práticas corporais orientais — como o Qigong e a Meditação do Coração, que também ofereço em meu consultório, de forma integrada ou separada da psicoterapia. Por meio de movimentos suaves, respiração consciente e presença, elas atuam diretamente sobre o Corpo de Qi, promovendo reconexão, vitalidade e equilíbrio.

Unir essas abordagens é mais do que um diferencial: é um chamado por uma escuta mais inteira, que reconhece o ser humano em sua complexidade — corpo, mente, emoção e energia.

Ofereço um espaço de acolhimento e cuidado profundo. Um espaço onde a escuta se faz também com o corpo.

Autora:

Sandra Soares Ribeiro

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