A excelente repercussão do artigo de minha autoria “A Revolta dos Baby-Boomers: O tempo não espera por ninguém”, disparou em mim a motivação para escrever este novo artigo.
O meu propósito é criar um engajamento contínuo com os leitores aprofundando as informações resumidamente destacadas em cada um dos capitais evidenciados no referido artigo: finanças, saúde, conhecimento, social e crença. E, com isso, reforçar a mensagem do envelhecimento ativo e saudável.
Assim, neste primeiro artigo vamos falar sobre finanças, um dos pilares mais negligenciados até que as pessoas percebam, muitas vezes tarde demais, o impacto da falta de planejamento.
Para ilustrar, vamos nos valer de dois exemplos. Os nomes mencionados são fictícios, mas as situações refletem realidades comuns.
Maria, aos 49 anos, percebeu que não teria uma aposentadoria confortável. Em três anos, reorganizou sua vida: passou a controlar seus gastos e dedicou tempo de estudos sobre educação financeira. Em decorrência disso, investiu em previdência privada e começou um pequeno negócio online. Construiu uma reserva. Hoje, aos 68 anos, tem uma renda complementar que lhe garante segurança e independência. Ela viaja, mantém um bom plano de saúde e desfruta de uma vida sem grandes preocupações financeiras. Seu segredo? Planejamento e disciplina ao longo dos anos.
Por outro lado, João seguiu outro caminho. Viveu o presente sem pensar no futuro, gastando sem critérios e adiando decisões importantes. Agora, aos 70 anos, enfrenta sérias dificuldades financeiras, dependendo exclusivamente de uma aposentadoria modesta que mal cobre suas despesas básicas. A falta de planejamento o deixou vulnerável, sem margem para escolhas.
Os exemplos destacam a importância das finanças na longevidade e a necessidade de planejar hoje para vivermos melhor amanhã. Certamente, a longevidade está ao alcance de cada vez mais pessoas. No entanto, para que os anos extras sejam sinônimo de qualidade de vida, o planejamento financeiro torna-se essencial. O tempo é um aliado poderoso, mas também pode ser um inimigo cruel para quem negligencia as finanças ao longo da vida.
O maior erro financeiro é a procrastinação. Muitos acreditam que podem começar a se organizar “depois”, mas o efeito dos juros compostos favorece aqueles que investem cedo. Além disso, o custo de vida tende a aumentar com o tempo, principalmente com despesas relacionadas à saúde e bem-estar.
É essencial que a gente evite erros comuns que podem comprometer a longevidade financeira. Convém registrar alguns principais: (1) Depender exclusivamente do INSS. A previdência social é um suporte, mas raramente garante padrão de vida confortável; (2) Não construir uma reserva de emergência. Imprevistos acontecem, e sem uma reserva, a solução é recorrer a crédito caro; (3) Acreditar que é tarde demais para investir. Pequenos investimentos consistentes fazem diferença em qualquer fase da vida; (4) Viver sem diversificar fontes de renda .Contar apenas com um salário ou aposentadoria pode ser arriscado.
De outra forma, é também essencial adotar estratégias que garantam um futuro financeiramente seguro, tais como: (1) Comece cedo, mas nunca ache que é tarde demais. Quanto antes iniciar, melhor. Mas quem começa mais tarde deve focar em aportes mais robustos e consistentes; (2) Invista de forma inteligente. Busque investimentos compatíveis com seu perfil e horizonte de tempo; (3) Crie fontes de renda passiva. Previdência privada, imóveis, dividendos de ações e royalties são exemplos de rendas que podem garantir tranquilidade; e (4) Reduza dívidas e gastos desnecessários. Ajustar padrão de vida cedo evita dificuldades no futuro.
A longevidade não é só sobre viver mais, mas viver bem. A lição é clara: a longevidade exige preparo financeiro! Quem se organiza cedo garante liberdade para viver melhor e com mais segurança no futuro. E como você está cuidando das suas finanças para um futuro próspero?
Autor:
Pedro Aguiar, Relações Públicas, Jornalista, Radialista e Copywriter, há mais de 11 anos é um entusiasta do tema Longevidade
